trajetória de muito trabalho 01.05.2020 | 14h50

izabelle@gazetadigital.com.br
Divulgação
Apaixonado por cozinhar e sem nenhuma experiência profissional na área, Raphael Rodrigues, 32 anos, largou emprego e investiu tudo que tinha em um sonho: abrir um ponto de vendas de cachorro quente. Rapha conversou com o
e conta como devido aos esforços, hoje é proprietário do Dog do Rapha.
Em outubro de 2015, Raphael que ocupava há 5 anos o cargo de gerente de uma importante call center em Cuiabá relata que “acabou quebrando o joelho, ao tentar separar uma confusão dentro da empresa, onde um ex-funcionário queria agredir o proprietário, pois não havia recebido seus direitos”, o incidente acabou gerando a ele 90 dias de atestado e foi nesse período em casa que ele teve a oportunidade de repensar seus objetivos. Ele decidiu não voltar mais para a antiga ocupação e apostar seu tempo e esforço em um novo projeto.
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A ideia do cachorro quente veio da tradicional receita que ele fazia em casa, para amigos e familiares, e sempre lhe rendia muitos elogios. Para concretizar o sonho, muitas dificuldades surgiram.
Eles, Raphael e a esposa Dayanne, precisavam de um lugar para fazer o cachorro quente e após muitas pesquisas descobriram que o melhor produto para a função era um veículo Towner adaptado, mas sem dinheiro e sem nome para financiar contaram com o apoio do padrinho do cuiabano, que emprestou o dinheiro, para adquirirem o carro.
Para buscar o carro, eles precisavam se deslocar para São Paulo e mais uma vez tiveram o apoio da família para alcançar o objetivo, mas desta vez pelas mãos do pai do Rapha, que emprestou o cartão para comprar as passagens para o casal ir até o estado. Rapha e Dayanne enfrentaram então as 30 horas de viagem, de Cuiabá a São Paulo, com ele ainda de muletas. O casal, por sua vez, precisava de uma hospedagem, e nesse momento um amigo que residia na cidade de São Paulo ofertou a casa para que eles pudessem ficar.
Retornaram, já com o veículo, no dia 31 de dezembro de 2015, que coincidentemente é a data de aniversário do Raphael.
Além do carro, eles precisavam de banquetas para os clientes, um isopor para guardar mantimentos e um kit de preparados de cachorro quente, e já sem dinheiro, ele trocou seu notebook pelos produtos. “Durante esse período, vendi uma moto que eu tinha para segurar as despesas de casa”, lembra Rapha sobre a luta pelo objetivo. Então, 9 dias após chegarem em Cuiabá, o Dog do Rapha era inaugurado, primeiramente para aqueles que os ajudaram e apoiaram, os amigos e familiares.
Além do emprego que o cuiabano largou, ele acabou deixando para trás também a faculdade de Direito que cursava no período noturno. Rapha lembra que quando estava em São Paulo descobriu que havia sido convocado para um cargo público, que conseguiu conciliar com o lanche somente no primeiro ano, após isso teve que pedir exoneração também para se dedicar exclusivamente ao que ama fazer.
O cuiabano orgulhoso da sua receita ao ser questionado sobre o sucesso do seu cachorro quente, deixou um pouco de lado a modéstia e se mostrou surpreendido em parte. "Iamaginava que faria sucesso sim, não nesssa proporção", afirma Rapha.
No início, a dupla se dividia entre as funções, Rapha preparando os lanches e a esposa fazendo o atendimento e recebimentos. Com o crescimento do movimento, precisaram adquirir um trailer adaptado para preparação dos lanches e contratar pessoas para ajudar.
Durante a pandemia
O lanche que possuía 5 funcionários, além do casal, hoje conta com 3 trabalhando normalmente e 1 afastado por ser do grupo de risco.
“O que ajudou bastante foi a novidade de também agregarmos os lanches de chapa, como baguncinha, x-bagunça e prensados”, conta o cuiabano sobre como está sendo para manter o funcionamento do lanche durante a quarentena.
Com um movimento 30% menor, eles seguem trabalhando de casa, somente com delivery por meio de aplicativos de entrega e por antecipação de pedidos pelo número de Whats App, sendo que nessa última opção o cliente não pode descer do veículo, medida tomada para evitar aglomerações e manter a segurança da equipe e clientes.
Rapha, muito atencioso, diz que a maior ansiedade é poder lidar novamente com o público e ressalta que o importante é tudo passar logo. "Como todos, nós estamos torcendo para que tudo isso acabe logo".
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