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Elefanta resgatada na Argentina morre em santuário em Chapada dos Guimarães

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Santuário de Elefantes Brasil

Santuário de Elefantes Brasil

A elefanta Pupy, uma das ilustres moradoras do Santuário de Elefantes, que abriga animais resgatados de maus tratos, localizado em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) faleceu na noite dessa sexta-feira (10) em decorrência de problemas gastrointestinais. Segundo informações divulgadas pela entidade que a acolheu, o animal apresentava sintomas de desconforto e era tratado com medicamentos nos últimos dias.

 

Em carta aberta divulgada ao público, a equipe do Santuário explicou que Pupy tinha um histórico de cólicas e seu apetite estava diminuindo. Na tarde de sexta-feira evacuou 1,5 kg de pedras escuras e apresentava sinais de fraqueza e comportamento pouco habitual. Ela chegou a receber atendimento médico, mas pouco depois faleceu.

 

Extremamente inteligentes, os demais elefantes percebiam as mudanças da saúde de Pupy e permaneceram ao seu lado até o fim. Nas redes sociais uma imagem do momento da partida da elefanta emocionou internautas e seguidores do perfil oficial do Santuário. Kenya, outra elefanta, permaneceu ao lado da amiga durante seus últimos momentos de vida.

 

Neste sábado (11) uma equipe de patologia realizará a necropsia, que poderá oferecer mais respostas sobre as causas da morte do animal, contudo, o laudo definitivo pode levar até 3 meses para ser produzido.

 

A rotina dos animais é acompanhada de perto por especialistas e atualizada nas redes sociais para que os amantes da natureza vejam de perto o tratamento fornecido aos elefantes como alimentação, rotina e aspectos particulares da vivência dos elefantes.

 

Um lar para Pupy

Pupy, uma elefanta africana que vivia em Buenos Aires, na Argentina, onde permaneceu por 32 anos em um antigo zoológico, pequeno e inadequado para a espécie. Lá, vivia acompanhada de Kuky, outra elefanta africana que viria junto ao Brasil se não tivesse morrido em outubro de 2024.

 

A mudança de Pupy para o Brasil ocorreu com semanas de planejamento para que fosse transferida para o Santuário em Chapada dos Guimarães. A viagem foi feita por via terrestre por aproximadamente 2700 quilômetros. Pupy embarcou no dia 14 de abril, atravessando a fronteira em um contêiner transportado por uma carreta e acompanhado por profissionais que monitoravam seu estado de saúde nos milhares de quilômetros até a casa nova.

 

Veja a carta aberta do Santuário de Elefantes sobre o falecimento.

 

À nossa família do santuário,


É com o coração pesado que compartilhamos que Pupy faleceu na noite passada, poucos instantes após colapsar.

Nos últimos dias, estava com desconforto gastrointestinal. Pupy tinha histórico de cólicas. Mesmo nos dias mais seletivos, continuava se alimentando, e havíamos encontrado medicamentos que a deixavam confortável. Ontem seu apetite voltou a diminuir. No início da tarde, ao evacuar, expeliu cerca de 1,5 kg de pedras escuras. Depois disso, ficou mais fraca e com comportamento diferente.

 

Enquanto Scott levava água, suas patas cederam e ela caiu. Kenya demonstrou preocupação, mas permitiu ser deslocada. A Dra. Trish iniciou o atendimento, mas Pupy faleceu em poucos instantes. O portão foi reaberto para que Kenya se aproximasse. Hesitou, mas logo se acomodou ao seu lado e passou a noite ali.

 

Essa é uma das partes mais difíceis da vida em um santuário. Recebemos elefantes idosos que viveram décadas sem alimentação adequada ou cuidados médicos. Esperamos que o santuário possa curar parte dessas feridas. Mas os efeitos do cativeiro são profundos — e, às vezes, irreversíveis. Quando Scott conheceu Pupy em Buenos Aires e soube que tinha pouco mais de 20 anos, ficou chocado: parecia ter o dobro da idade. Seu corpo carregava o peso de anos de privação. Scott notou tremores na tromba e no olho.

 

Hoje, uma equipe de patologia realizará a necropsia, que poderá oferecer mais respostas. O resultado pode levar até três meses.

 

A foto mostra o instante em que Pupy deixou seus medos de lado e permitiu que Kenya ficasse sobre ela para protegê-la. Foi um gesto de vulnerabilidade e confiança profunda. Kenya ganhou o papel de irmã mais velha — e Pupy finalmente conheceu uma elefanta que a colocava em primeiro lugar, que a amava e protegeria incondicionalmente.

 

Mesmo que o tempo aqui tenha sido breve, Pupy partiu cercada de amor, liberdade e cuidado. Agradecemos a todos que tornaram possível que Pupy e Kenya chegassem ao santuário — e que viveram conosco a alegria dessa amizade. Nos próximos dias, compartilharemos como Kenya está se adaptando. Esta manhã, ela emitiu um longo ronco ao ver os tratadores. Nossa equipe seguirá cuidando dela.

 

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