09.04.2010 | 03h00
Os primeiros dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em 2010 apontaram que Mato Grosso responde por quase 70% do total de área desmatada em toda a Amazônia nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. Do total de 208,2 quilômetros quadrados identificados como devastação, 143,4 quilômetros quadrados foram dentro do território mato-grossense.
Os números colocam o estado como campeão no ranking. O segundo colocado fica bem atrás em área devastada: Roraima apresentou desmatamento equivalente a 18,75% do que foi identificado em Mato Grosso, com 26,9 quilômetros quadrados de área derrubada. Na terceira posição está o Pará, com 17,2 quilômetros quadrados a menos de florestas nestes 2 meses.
A mesma posição de liderança foi ocupada pelo Estado no ano passado, quando registrou 252,15 quilômetros quadrados de devastação da floresta no mesmo período, mantendo a responsabilidade sobre os quase 70% de áreas derrubadas em toda a Amazônia.
Entretanto, em 2010, a área degradada é bem menor, com 108 quilômetros quadrados a menos.
Os números do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), sistema do Inpe, tiveram 97,2% de confirmação de áreas desmatadas, a partir da análise de imagens de melhor resolução.
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso, ou seja, o desmate completo, e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.
Nos meses da estação chuvosa na Amazônia, o Inpe agrupa os alertas em uma base bimestral ou trimestral para melhorar a amostragem. A cobertura de nuvens impediu a visualização de 69% da região em janeiro e em fevereiro 57% da Amazônia Legal ainda estavam encobertos, o que dificultou a observação dos satélites.
Entretanto, segundo relatório do Inpe, Mato Grosso foi o estado que apresentou melhor oportunidade de observação pelo sistema. De modo geral, em janeiro foi possível observar por satélites apenas 31% da Amazônia, enquanto em fevereiro a área total verificada chegou a 43%.
Os outros estados com desmatamento medido pelos satélites do Deter foram o Maranhão, com 11,7 quilômetros quadrados de devastação; Rondônia, que registrou 7,4 quilômetros quadrados de derrubada e Tocantins, com apenas 1,7 quilômetro quadrado de degradação.
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