Mães de LGBTQIA+ trocam os tradicionais panfletos por flores

Membros da Organização Não Governamental Mães da Diversidade realizaram uma "flor-fletagem”, na praça Alencastro, nesta terça-feira (15). Foram distribuídas flores a quem passava, esclarecimento sobre a identidade de gênero e acolhimento aos filhos LGBTQIA+.

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João Vieira/ Gazeta Digital

 

A coordenadora da Ong, Josi Marconi, relatou que as pessoas estavam muito abertas ao diálogo sobre os assuntos de gênero. Algumas mães se emocionaram ao falar dos filhos e do tema de modo geral.

João Vieira

 

Josi é mãe de uma lésbica. Ela fala com propriedade e garante que LGBTQIA+ não destroem família. “O que destrói é a falta de amor”, frisa. A filha é casada com outra mulher há 10 anos.

“É muito importante essa luta pelos nossos filhos e filhas. Nós queremos que eles sejam felizes. Essa luta é para que eles e elas continuem amando quem quiserem. A gente só quer que tenham os mesmos direitos”, afirma.

Na avaliação de Josi, houve avanços na conquista de direitos e quebra de preconceito. Mas ainda há muito o que se fazer.
“Hoje é possível a mudança de nome no registro civil, casamento, atendimento ambulatório. Mas ainda há muito preconceito na sociedade”, pondera.

A Ong foi fundada em 2015, por Josi, como uma forma de ajudar outras mães. Ela é professora e já trabalhava questões de gênero no mestrado, mas quando viu a filha se assumir lésbica foi diferente.

“Eu tinha entendimento. Porém quando é com a gente é mais difícil,. Não estamos preparadas, ficamos sem chão, tem o luto, a preocupação com o que vai acontecer com nossos filhos. Vi que havia outras mães passando pela mesma situação e resolvemos nos unir”, conta.

O ato desta terça-feira se estendeu por horas e celebra o mês do orgulho LGBTQIA+.

João Vieira

 

“O ato é para mostrar à sociedade que LGBTs têm mães. É também para reforçar que ser homofóbico é crime e amar não é”, diz a Ong.