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deu em a gazeta 20.12.2025 | 07h00

'Mesmo com pouco, quero que saibam que são amados', diz mãe; veja como ajudar

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Dantielle Venturini

redacao@gazetadigital.com.br

João Vieira

João Vieira

"Por muitas vezes a gente pensa até em chegar ao extremo por conta da dificuldade, mas Deus nos ampara com várias pessoas que temos na nossa volta para ajudar". É assim que Regiane Ribeiro da Silva, 33, enfrenta os desafios de criar sozinha 4 filhos no bairro Liberdade, em Cuiabá. Graziele, 16, Gabriele, 12, Gabriel, 2, e Rhael, 1, que dependem diariamente da força e da determinação da mãe, que lida com recursos limitados e uma rotina marcada por obstáculos constantes. No momento, a família precisa de toda ajuda, principalmente fraldas, fogão e geladeira. Quem quiser ajudar a família de Regiane o contato é (65) 99359-4387.

 

Regiane não recebe pensão dos pais das crianças e, após conseguir um emprego com carteira assinada, perdeu o Bolsa Família. Hoje, sobrevive apenas com seu salário de R$ 1.518 e ajuda eventual, como sacolões doados por vizinhos ou amigos. Mesmo assim, admite que enfrenta dificuldades para garantir o básico: "Passo dificuldade com mistura, verdura, leite para as crianças, fraldas. Tudo acaba muito rápido. Às vezes, nem tem mistura para colocar no arroz e feijão".

 

O aluguel da casa simples consome R$ 800 do orçamento mensal, sem contar energia e água. Com os recursos restantes, Regiane precisa se desdobrar para manter a alimentação e a higiene das crianças. Gabriel frequenta a creche, enquanto Rhael fica com a avó, que cobra R$ 150, um valor simbólico diante do mercado, já que outra pessoa cobraria quase o dobro ou mais.

 

Regiane não lamenta apenas a falta de comida ou roupas, mas também a impossibilidade de proporcionar pequenos momentos de alegria aos filhos. No mês passado, os aniversários das crianças passaram silenciosos. Regiane conta com o coração apertado. "Meus meninos fizeram aniversário e eu não pude dar bolo, nem presente. Meu coração dói".

 

Para ela, não foi apenas a falta de objetos ou doces, mas a impossibilidade de criar um momento de alegria, de celebrar a vida dos filhos como toda criança merece. Ela lembra que como todas as crianças eles desejam momentos únicos. "Me dói quando as meninas pedem para ir ao cinema ou comer uma pizza. Elas já entendem as coisas e percebem que nem sempre é possível. E eu não posso dar a elas isso, por mais simples que pareça", conta, com a voz carregada de emoção.

 

Para ela, momentos de lazer não são luxos, mas necessidade de afeto e cuidado. Levar as crianças para comer um lanche diferente, assistir a um filme juntos, são experiências que fortalecem vínculos e trazem felicidade em meio à rotina difícil, e cada pedido delas é lembrança de que a infância precisa ser vivida, mas isso é difícil quando o dinheiro falta. "Crianças precisam de momentos especiais. Eu tento ao máximo, mas às vezes não dá. Isso dói no coração, sabe? Mas eu sigo tentando, porque eles merecem todo cuidado e amor".

 

Natal

Para o Natal, Regiane sonha com qualidade de vida para os filhos, roupas novas, frutas, pequenas surpresas que eles não costumam ter. Entre as necessidades mais urgentes estão um fogão com forno funcionando, geladeira e armário, que facilitem o preparo das refeições diárias.

 

Mesmo diante das adversidades, Regiane mantém a fé e a esperança. Cada fralda trocada, cada refeição improvisada e cada gesto de cuidado é prova de sua força. "O que eu quero é que meus filhos cresçam felizes, seguros e saibam que, mesmo com pouco, são amados e cuidados. Isso é o meu maior presente".

 

Regiane também compartilha os desejos mais simples de cada filho para o Natal. Graziele, 16 anos, é vaidosa e gostaria de um kit de unhas. Já Gabriele, 12 anos, precisa de um tênis e roupas novas. Gabriel, de 2 anos, sonha com um chinelo e uma motinha, e Rhael, 1 ano, precisa de roupas e fraldas. Para Regiane, seu próprio desejo se mistura à necessidade de sobrevivência e conforto da família: um fogão e uma geladeira que funcionem corretamente.

 

Fé, amor e esperança

Entre os desafios diários, Regiane consegue enxergar pequenas vitórias e manter a esperança. Cada fralda trocada, cada refeição improvisada e cada gesto de cuidado com os filhos é uma prova de sua força. Ela segue acreditando que, mesmo com pouco, é possível oferecer amor, cuidado e momentos especiais, construindo uma infância digna e repleta de afeto para seus filhos. "O que importa para mim hoje é que meus filhos tenham qualidade de vida, que cresçam felizes e saibam que são amados. Isso é o que eu realmente sonho para eles. Presentes caros? Isso não é essencial. O que importa é o carinho, a atenção, o cuidado e a união da família".

 

Doações

Quem quiser ajudar a família de Regiane o contato é (65) 99359-4387.

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Comentários

Egon - 20/12/2025

Para de ter filhos, eles não tem culpa.

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