deu em a gazeta 17.10.2024 | 06h55
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Em média, duas pessoas morreram por dia em Mato Grosso, no último ano, em acidentes de trânsito. Em um período de cinco anos, o número de mortes aumentou 77,13%, como aponta o Anuário Estatístico 2024, do Departamento Estadual de Trânsito (Detran -MT). Gerente do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest) do Detran-MT, Walber Desto destaca que o aumento no número de mortes está ligado diretamente à imprudência.
O relatório, publicado este mês, avalia o trânsito em Mato Grosso e compara dados desde 2019. Houve um aumento nos casos de sinistros de trânsito de modo geral, ou seja, com ou sem vítimas fatais. Em 2019, por exemplo, foram registrados 6.655 ocorrências, em 2020 houve uma ligeira queda nos casos, com o registro de 6.578 sinistros. O que mais chama atenção é o ano de 2021, período em que foram registrados 9.689 casos.
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Em 2022, o número caiu para 7.926 e teve mais uma ligeira queda no ano passado, com o registro total de 7.397 sinistros de trânsito. Entre esses acidentes, o ano com menos vítimas fatais foi 2019, com 503 mortes. Apesar de 2021 ter um número surpreendente de sinistros de trânsito, foram registrados 574 óbitos. O número começou a subir em 2022, indo para 658, e aumentou ainda mais no ano passado, com 891 mortos no Estado.
O gerente do Renaest comenta que houve aumento de investimento na segurança viária, assim como na educação pelo trânsito, nas fiscalizações, mas mesmo assim o número de vítimas fatais continua aumentando. Para ele, apesar dos investimentos, o Poder Público ainda não conseguiu impactar na questão cultural, que promove os atos imprudentes e, consequentemente, os sinistros de trânsito estão cada vez mais graves.
“Temos uma lei tão robusta, como a Lei Seca, com todo aquele aparato na fiscalização, com a questão da multa que é pesada, a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), a questão acima de 0,04% (tolerância de teor alcoólico), que você cometeu um crime, vai ter o custo da fiança, vai responder processo judicial, e mesmo assim as pessoas continuam praticando esse delito.
A Lei Seca tem aí seus 15 anos e as pessoas continuam com a mesma atitude. Então, o reflexo desse aumento de mortes é o reflexo da atitude da população, que infelizmente ainda é uma questão cultural, dessas pessoas não se importarem com a vida”.
Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta
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