atropelado há 4 anos 14.04.2022 | 15h42

jessica@gazetadigital.com.br
João Vieira
Neste 14 de abril, a morte do verdureiro Francisco Lúcio Maio completa 4 anos. A falta de julgamento da médica Letícia Bortolini, que o atropelou, revolta a família. “Aqui a gente vale o que tem. Se fosse o contrário, não estaria assim”, diz indignada a filha da vítima, Francy Silva Lúcio.
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A comerciante revelou ao
que, hoje ainda mais que os demais dias, predomina o sentimento de saudade do pai. A banca de verduras na qual trabalha atualmente só lembra o pai, assim como passar pelo local do acidente, na avenida Miguel Sutil, que é próximo a casa onde moram.
“Passar ali é muito forte, parece que vejo o corpo do meu pai abraçado àquele tronco de árvore. É muito difícil lidar com isso e mais ainda ver que a Justiça nada faz. Depois de 4 anos nada aconteceu nem no CRM, no cível e no criminal. Parece que você vale o que você tem”, declara a filha.
Desde que houve o acidente, o Conselho Regional de Medicina (CRM) abriu processo para apurar a conduta da médica, que fugiu sem prestar socorro. Ainda não houve resolução do procedimento e, na quarta-feira (13), uma testemunha foi interrogada como parte da investigação interna.
Em fevereiro deste ano, a ré foi ouvida pela primeira vez na 12ª Vara Criminal, onde o processo tramita sob a responsabilidade do juiz Flávio Miraglia. Ela disse que não viu que tinha atropelado uma pessoa e ficou em choque ao saber da morte. Ainda revelou que reza todos os dias pela alma do verdureiro e pela família dele.
“Nada acontece. Parece que estão do lado dela, porque a vida dela continua. Ela trabalha viaja. São 4 anos sem resposta. Agora a festa vai acontecer de novo”, destaca Francy.
A festa a qual a filha se refere é o Festival Braseiro, de churrasco e chopp, do qual a médica voltava com o marido, em 2018, quando houve o atropelamento.
No próximo dia 26 de abril deve ocorrer nova audiência sobre o caso. Além de responder pelo crime de homicídio, médica também é processa da esfera cível para indenizar a família pela perda sofrida.
A família pede ressarcimento das despesas fúnebres de R$ 6,6 mil, pensão mensal de um salário mínimo e indenização de danos morais no valor de R$ 225 mil.
O processo criminal está na fase de alegações finais e aguarda manifestação da defesa para, daí então, o juiz decidir se a médica irá a júri popular.
O caso
O verdureiro Francisco Lúcio Maia foi atropelado pela médica no dia 14 de abril de 2018, na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.
Imagens de câmeras de segurança da avenida mostram o momento em que o homem é arremessado contra uma árvore.
A investigação aponta que a médica estava em alta velocidade e dirigia sob efeito de álcool.
O laudo mais recente, divulgado em março desse ano, concluiu que ela dirigia a 101 km/h quando atingiu o verdureiro. O homem morreu no local.
Horas depois, já no dia 15 de abril, a polícia encontrou a médica e o marido na casa de familiares. Ela se negou a fazer o teste do bafômetro e garantiu que não tinha bebido nada.
Ambos foram levados para a delegacia, onde prestaram esclarecimentos e liberados em seguida.
Ela afirmou que autorizou a advogada a dar todo suporte à família da vítima, mas os familiares do verdureiro alegam que não receberam qualquer assistência.
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ALBERTO - 14/04/2022
Isso é uma vergonha!!!! Conheci e era cliente do Chico como sou da filha dele que assumiu o negócio.... esse é o poder de ter grana para pagar um bom advogado para postergar, enrolar, atrasar sem qualquer pudor ou senso de humanidade por parte desta médica...que deve estar em seu ritmo normal...pois simplesmente assassinou uma pessoa POBRE como pensa...Mas o justo vem a cavalo....aguarde e sentirás a dor que a família sente....assassina.
1 comentários