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indignação e revolta 19.11.2025 | 10h00

Oito meses sem Emell; dor, saudade e um pedido por Justiça

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Vithória Sampaio

redacao@gazetadigital.com.br

João Vieira

João Vieira

Após 8 meses da perda da irmã, Helda Azevedo, 25, lamentou como o caso da morte de Emelly Azevedo Sena, 16, vem sendo tratado. Indignada, ela pontuou que muitos direitos estão sendo discutidos, mas que os dela e os da família não foram considerados, já que sua irmã perdeu a vida em um crime que chocou Mato Grosso e foi impedida de viver o sonho da maternidade, tendo a filha retirada do ventre em um parto forçado enquanto ainda estava com vida.

 

“Meu sentimento é de indignação. Ela tem o direito de fazer exame. Mas e o direito da minha mãe de ter a filha dela dentro da casa dela, como é que fica? E o direito da minha irmã de acompanhar o crescimento, a evolução, o desenvolvimento da filha dela? Tudo isso foi negado. Então, assim, muitos direitos estão sendo negados. Minha irmã perdeu muita coisa, nós da família perdemos muito, estamos sofrendo até hoje”, pontuou em lágrimas.

 

A revolta dos familiares é motivada pela decisão dos desembargadores que acolheram a tese da defesa da ré confessa, que agora será submetida ao exame de incidente de insanidade mental.

 

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Em frente ao fórum, a família clamou por justiça. “Nós viemos pedir primeiramente para Deus, para Nossa Senhora e para os homens da lei que façam com que a justiça seja feita. Nós perdemos nossa paz. Não tem um dia que não sofremos a perda da minha irmã, uma menina tão bondosa e alegre, que encantava onde passava”, finalizou.

 

Emelly faria aniversário no mês de outubro. Ela estava grávida de uma menina e já fazia muitos planos para a chegada da filha. Em entrevista ao , a mãe dela, Ana Paula Azevedo, 44, contou que todos estavam muito felizes e que a jovem estava radiante. “Nas últimas vezes que vi minha filha, ela chegou radiante da consulta, dizendo que quase deu um mortal durante o ultrassom ao descobrir que minha netinha já estava com cabelo”, relatou emocionada.

João Vieira

Ana Paula - Mãe de Emilly - Caso Emilly

 

A mãe também criticou a tentativa de associar o crime a problemas psicológicos. “Conheço pessoas com transtornos que nunca fizeram mal a ninguém. Louco é quem rasga dinheiro, quem come cocô. Ela nunca foi louca. Quero que pague pelo que fez e cumpra pena na cadeia”, desabafou.

 

Ana Paula contou ainda que agora cuida da neta, Liara, filha de Emily, e que tenta oferecer à criança uma vida normal. “Eu queria ser avó, não mãe da minha neta. Ela tinha mãe. Essa mulher acabou com a nossa família”, disse, entre lágrimas.

Segundo Ana Paula, a família da acusada nunca a procurou pessoalmente.

 

“Eles foram à televisão pedir perdão, mas nunca me procuraram. E acho que nem vão ter coragem de fazer isso”, completou.

 

O caso

Conforme noticiado pelo , Emelly saiu de casa no final da manhã de quarta-feira, 12 de março, no bairro Eldorado, em Várzea Grande, e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupas na residência de um casal.

Durante a noite, uma mulher apareceu em um hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era seu filho e que havia dado à luz em casa.

 

Após exames, a médica de plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento. Além disso, exames ginecológicos e de sangue demonstraram que ela não havia passado por um parto recentemente. A mulher também não tinha leite para amamentar a bebê.

 

Reprodução

Emilly Azevedo Sena

 

A trama começou a ser desvendada já na manhã seguinte, 13 de março. Com o corpo encontrado, a perícia foi acionada e quatro pessoas foram detidas, entre elas o casal que chegou ao hospital.

 

No decorrer do dia, a DHPP prendeu em flagrante Nataly Helen Martins Pereira, 25, que atacou Emelly, retirou a filha dela da barriga e enterrou a adolescente no quintal. Os demais foram liberados após entendimento de que não participaram do crime.

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