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afeto e pertencimento 15.05.2024 | 17h34

Os formatos de famílias mudaram e ela segue como alicerce para um adulto feliz

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Ana Clara Abalém - Especial para o GD

redacao@gazetadigital

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Os formatos de famílias mudaram com a evolução da sociedade e atualmente diferentes modelos compõe o lar brasileiro. A possibilidade dessas distintas formações é uma conquista que beneficia pais, mães e filhos, não somente no núcleo mais íntimo, mas na formação do adulto. Sentir-se amado e pertencente é fator primordial para os relacionamentos e a realização na vida adulta.

 

Em 1993, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu uma assembleia-geral que determinou 15 de maio como o Dia Internacional da Família. A formulação da data comemorativa teve como processo inicial discussões fomentadas na década de 1980, até, por fim, estabelecer um dia com o intuito de amplificar a atenção para questões sociais e econômicas que afetam famílias de todos os cantos do mundo.

 

Após mais de 30 anos, a concepção de família foi ampliada e diversificada socialmente. Quando antes era comum uma visão conservadora da estrutura familiar como aquela de um "comercial de margarina", formada por uma mãe, pai e seus filhos, hoje, já é possível ver diferentes representações sociais que acompanham direitos conquistados por outros grupos. São famílias com dois pais, duas mães, mãe solo, pai solo, sanguíneos, adotivos. Os distintos modelos também compõe a família como um lugar de afeto e segurança.

 

Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, com unanimidade, a união homoafetiva como um núcleo familiar, equiparando juridicamente as relações entre pessoas do mesmo gênero com as heterossexuais. E em 2013, esse direito foi assegurado pela resolução nº 175/2013, editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que autoriza os cartórios a realizarem casamento entre casais homoafetivos.

 

Esses avanços possibilitaram que casais homoafetivos também adotassem crianças e adolescentes em conjunto, uma vez que, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não menciona a orientação sexual como um fator a ser considerado. Apenas determina que, para uma adoção conjunta, as duas pessoas devem viver em união estável ou serem casadas.

 

Para a psicóloga Joceli Drummond, 51, essas mudanças aconteceram por um conjunto de demandas individuais e sociais.

 

“A sociedade demandou isso, a sociedade brigou por isso e, ao mesmo tempo, a questão do movimento de inclusão também ajudou. Acho que foi de um lado as pessoas da sociedade e de outro lado o coletivo ajudando o indivíduo”, argumenta.

 

Outra formulação familiar que compõe parte considerável da sociedade brasileira são as famílias monoparentais, ou seja, domicílios compostos por apenas um dos pais e seus filhos. Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de domicílios com mães solos cresceu de 9,6 milhões para 11,3 milhões, aumentando 17,8%, no período correspondente entre 2012 a 2022.

 

No panorama cultural, a música "Bença", do rapper mineiro Djonga, que possui mais de 1 milhão de reproduções diárias, evidencia através dos trechos “onde mães fortes e generosas se criaram” e “é triste ver que os moleque da minha quebrada, não teve a mesma sorte que eu, um pai presente, no país onde o homem que aborta mais. Vai entender, né?” denunciam essa realidade geracional.

 

Os aspectos sociais, culturais e judiciais, em suma, verificam a existência dos mais diferentes tipos de família. Existem aquelas formadas por pessoas que não querem ter filhos, as que adotam, as que são pais solos, ou ainda, as formadas não por laços sanguíneos, mas pela afetividade.

 

Independente de qual seja a estrutura familiar, para Drummond a família como instituição é tem impacto na forma com que o indivíduo se insere na sociedade.

 

“O apoio familiar é o alicerce da gente, não importa a estrutura do relacionamento, o que importa é base psicológica. O apoio familiar afeta a primeira necessidade do ser humano. Se sentir pertencente com afeto àquela família. Você se sentir amado, você tem maior facilidade de se relacionar com qualquer pessoa”, destaca.

 

A profissional também explica uma correlação entre o apoio familiar e questões da convivência em sociedade.

 

“Se você teve limite, o que não é apanhar, e amor na base psicológica do apoio familiar, você tem muito mais chance de ser um adulto feliz do que um adulto que nunca teve limite ou nunca teve afeto. Isso também faz com que o adulto se sinta mais preparado para sociedade, que vai por regras e sanções, então ele se sente mais preparado para lidar com regras, leis. Tudo isso a estrutura familiar auxilia muito, mas não garante”, ressalta a psicóloga.

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