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país é o terceiro maior consumidor 04.08.2023 | 15h04

Professor cria cerveja de bocaiúva e hop lager é premiada

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Vanessa Araujo - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

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Calor cuiabano convida apreciadores da cerveja a elevarem o consumo na "gelada" com amigos, em casa ou em bares. Mais do que consumidor da bebida, o professor Admilson Costa da Cunha, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), desenvolve o produto e pesquisa novos sabores. Sua mais nova invenção é a edição limitada de cerveja de bocaíuva, fruta típica da região e uma homenagem às mulheres pantaneiras. Busca por produtos diferenciados também alavancou o surgimento de cervejarias em Cuiabá e no estado, com sabores e teor alcoólico para agradar todos os paladares.

 

Neste 4 de agosto é comemorado o Dia Internacional da Cerveja, data criada em 2007, na Califórnia, e conforme pesquisa divulgada pelo “Guia da Cerveja” em janeiro de 2023, o Brasil é o terceiro país do mundo que mais consome cerveja. Em 2022, os brasileiros consumiram 15,4 bilhões de litros da bebida, além de representar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) e gerar mais de dois milhões de empregos, conforme relatório do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).

Reprodução/Sindicerv

dados sobre cerveja no brasil

 

Doutor em Ciência e Tecnologia dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), professor Admilson explicou que seu amor pela bebida está intrinsecamente ligado à área de atuação.

 

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“O meu amor pela cerveja se deve a ligação que eu já tenho com a área de alimentos, pelo exercício da minha profissão. Ensinar as pessoas a fazerem uma boa cerveja ou qualquer outro alimento de qualidade é a minha profissão”, contou.

 

Divulgação

Admilson Costa da Cunha,

 

Durante as disciplinas que ministra, os alunos de Admilson desenvolvem cervejas comuns, mas sempre buscam criar sabores e aromas distintos. 

 

“Geralmente desenvolvemos cervejas comuns durante os cursos. Mas sempre procuramos desenvolver sabores e aromas diferenciados e sempre com base em ingredientes locais, tradicionais”, disse.

 

Recentemente, Admilson e algumas alunas assentadas e acampadas das comunidades do Facão, em Cáceres, e do assentamento Roseli Nunes, em Mirassol D’Oeste (300 km de Cuiabá), desenvolveram uma cerveja com adição de bocaiuva, em homenagem às mulheres camponesas do Pantanal mato-grossense.

Divulgação

alunas Admilson Costa da Cunha

 

Entre as cervejas artesanais mais famosas e queridas pelos mato-grossenses está as fabricadas pela cervejaria Louvada, fundada em 2014 por um grupo de amigos. O sócio-diretor, Gregorio Ballarotti, 40,relatou ao que, atualmente, a fábrica produz 20 tipos diferentes da bebida.

 

Divulgação

 Gregorio Ballarotti

 

“Não tinha nenhuma cervejaria artesanal em Cuiabá. No sul do Brasil era algo que estava crescendo bastante e nós já tínhamos o hábito de consumir cervejas artesanais, então a gente gostava de cervejas de maior qualidade e diversidade. Em uma conversa, surgiu a ideia da gente montar uma cervejaria, nós já fazíamos em casa e começamos o projeto”, explicou.

 

Processo de produção de uma cerveja Louvada leva 21 dias até que esteja pronta para consumo. Em 2017, a cervejaria mato-grossense foi eleita a melhor hop lager do Brasil no Concurso Brasileiro de Cerveja de Blumenau/SC, e em 2022, conquistou uma medalha de ouro no Concurso South Beer Cup.

 

De acordo com Gregório, a escolha do nome se deu após os proprietários decidirem que queriam algo que representasse um sinal de respeito a evolução da cerveja na história da humanidade.

 

“A gente queria dar um nome para trazer a importância desse produto na evolução, não só como um produto festivo, mas como cultural e que ajudou muito o desenvolvimento da ciência no mundo”, contou.

Divulgação

cerveja louvada

 

Questionado sobre os principais desafios enfrentados pela empresa no setor, o sócio-diretor mencionou a tributação e o poder das grandes marcas de cerveja.

 

“Tributação é um grande desafio, porque o nosso setor é altamente tributado. Por causa disso existe muita informalidade de outras cervejarias, então é um problema, porque acaba sendo um pouco injusto. Por outro lado, as grandes cervejarias têm um poder econômico muito forte e acabam fazendo muitos contratos de exclusividade com bares e restaurantes, o que também acaba atrapalhando uma empresa que quer crescer, porque ela chega em um restaurante que ela poderia vender, mas não consegue por conta de exclusividade”, finalizou.

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