43 CASOS NO BRASIL 03.10.2025 | 16h07
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução via R7
Apesar de não ter, até o momento, nenhum registro de intoxicação por metanol em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) publicou um Comunicado de Risco aos profissionais e faz orientações sobre sintomas, exames essenciais e protocolos de tratamento.
O alerta, que parte do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) da SES-MT, acontece após o surto de intoxicação ser registrado em São Paulo, associado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Até o momento, são 43 casos no país, sendo 39 em São Paulo, onde há uma morte confirmada.
Outras 8 mortes são investigadas em SP, Bahia e Pernambuco. Segundo a SES-MT, o cenário exige uma resposta coordenada e um sistema de vigilância ágil para a detecção precoce de surtos.
O responsável técnico pelo Cievs, Menandes Alves de Souza Neto, diz que o setor está em contato constante com as demais áreas da Secretaria e com a rede Cievs do Brasil, para acompanhar a situação nos outros Estados. A intoxicação por metanol é um evento de Saúde Pública de importância nacional, sendo, portanto, de notificação compulsória.
“Monitoramos rumores sobre possíveis casos, mas é importante reforçar que não há registro de ocorrências nos sistemas oficiais do Estado, nem mesmo de denúncias ou casos suspeitos. Fazemos esse alerta, pois é muito importante que os profissionais de saúde notifiquem qualquer caso suspeito ao Cievs imediatamente”, afirmou.
De acordo com o técnico, o diagnóstico da intoxicação por metanol é um desafio por causa dos sintomas iniciais inespecíficos. De seis a 12 horas após a ingestão do metanol, os sinais são semelhantes aos da embriaguez comum, como náusea, vômito, dor abdominal, cefaleia e confusão mental.
De 12 a 24 horas, começa a toxicidade sistêmica grave, em que pode haver manifestações visuais, como visão turva, fotofobia e pupilas dilatadas, e evoluir rapidamente para cegueira permanente; neurológicas, com cefaleia intensa, convulsões e coma; e metabólicas, com respiração rápida e profunda.
O comunicado de risco também trata da investigação epidemiológica em caso positivo, para identificar a fonte da contaminação, prevenir novos casos e rastrear todos os indivíduos expostos para garantir a avaliação médica precoce.
A Secretaria de Estado de Saúde destacou o trabalho dos órgãos responsáveis pela regulação e fiscalização, que vêm intensificando as ações de controle na cadeia de distribuição de bebidas alcoólicas. O objetivo é coibir a adulteração de produtos e reforçar a vigilância sobre substâncias químicas industriais, como o metanol, prevenindo seu desvio e uso indevido.
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