Sefaz interrompe atendimento e governo critica radicalismo

Devido à manifestação promovida pelo do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintep), na manhã desta quarta-feira (26), que fechou o acesso à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), o expediente foi suspenso no período matutino. O órgão informou que o atendimento à população será realizado no período da tarde, a partir das 13 horas, caso o local seja desbloqueado.

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De acordo com nota divulgada pela assessoria, a interrupção do atendimento, por parte dos grevistas da Educação, prejudica diretamente contribuintes de Mato Grosso, que se deslocaram do interior e também de outros Estados em busca da prestação do serviço. Ainda segundo a publicação, o fato também atrasou o envio do projeto de lei de Reinstituição de Benefícios Fiscais para a Assembleia Legislativa, que estava programado para a manhã de hoje e deverá ocorrer agora no início da tarde. 

Gcom

 

A preocupação do governo também é quanto à arrecadação do Estado, que poderá ser prejudicada com o movimento realizado pelos grevistas e complicar ainda mais a situação financeira de Mato Grosso. 

“Em um momento de crise econômica, em que o governo realiza todos os esforços possíveis, o movimento comandado pelos sindicalistas vai à contramão dos interesses da própria categoria, pois prejudica diretamente o aumento da receita do Estado”, destaca. 

Outro reflexo dessa ação, de acordo com o estado, é que a categoria desrespeita decisão judicial que impede que os sindicalistas façam qualquer tipo de piquete ou bloqueie a entrada de servidores públicos para o exercício de suas atividades. 

“O Sintep deverá pagar multa por ter desobedecido a uma decisão judicial e impedido centenas de pessoas de exercerem seu direito de escolha em trabalhar e não participar do movimento”,  finaliza.   

Bloqueios 

Os sindicalistas chegaram à Sefaz antes das 7 horas e estacionaram um carro de som no portão de entrada, o que impede que veículos entrem ou saiam da sede da secretaria. Além disso, foi fechada a entrada da avenida principal do Centro Político Administrativo, causando engarrafamento no trânsito. 

Vale lembrar que na terça-feira (25) o Sintep também fez um bloqueio na BR-364, impedindo o livre pela rodovia. 

De acordo com o governo, desde que o movimento grevista começou, no dia 27 de maio, a adesão a greve só vem caindo. No levantamento do estado, atualmente, 357 escolas estão atendendo normalmente os alunos, 68 unidades estão de forma parcial e 342 unidades ainda estão no movimento.

Reivindicações

A categoria, em greve há cerca de um mês, cobra propostas do governo que avance nas negociações. Entre as reivindicações está o cumprimento da Lei 510/2013, de Dobra do Poder de Compra, que prevê reajustes nos salários dos servidores da Educação para equipará-los às outras categorias – neste ano, o reajuste deveria ser correspondente a 7,6% do salário.

Outro ponto que requer postura do governo é o pagamento imediato dos salários referente ao corte de ponto dos trabalhadores. “Sem salário não haverá reposição de aulas”, afirmaram os grevista.