Vereadora acusa enfermeiros de usarem atestado médico para faltar ao trabalho

Vereadora Rosemary Souza Prado (União Brasil) afirmou, durante sessão da Câmara de Várzea Grande desta terça-feira (25), que enfermeiros do Pronto Socorro Municipal usam atestado para faltar ao trabalho no feriado. “Todas as vezes que tem feriado a nossa população fica a mercê de certos funcionários do pronto socorro. No final de semana, no feriado [de Tiradentes] não tinha enfermeiros na sala vermelha, na sala amarela, no bloco B, porque todos resolvem não ir trabalhar [...] de última hora entrega atestado”, acusou a parlamentar.

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Vereadora destacou que recebeu inúmeras denúncias da população por falta de profissionais na unidade de saúde no feriado de Tirantes, na última sexta-feira (21). Segundo Rosemary, havia apenas uma enfermeira para atender todos os pacientes.

“Uma enfermeira para cuidar de mais de 30 pacientes enquanto as outras estão 'festando' porque de última hora entrega atestado", afirmou.

Parlamentar destacou que procurou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e cobrou providências. No entanto, o secretário não estava e repassou a demanda para a secretária-adjunta, Maria das Graças.

“Espero que seja tomada providências, porque eu vou voltar ao Pronto Socorro de Várzea Grande”, garantiu.

A vereadora ainda afirmou que conversou com o médico responsável pelas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) 1 e 2 do pronto socorro. O profissional relatou que a situação ocorre com frequência em todo feriado e há chance de se repetir no próximo feriado, do Dia do Trabalhador (1° de Maio).

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Várzea Grande, que encaminhou a seguinte nota: 

Atestado Médico tem fé pública e somente a constituição de uma junta médica pode descaracterizar qualquer tipo de eventual irregularidade ou até mesmo ilegalidade.

Em Várzea Grande existe uma lei que  proíbe a entrega de dois atestados no período de um mês, até porque acima de 15 dias as licenças passam a ser pelo sistema previdenciário, e como a lei abrange tanto o profissional que concede o benefício como o que recebe, a denúncia é grave, mas necessita ser comprovada e dar o direito à defesa e ao contraditório aos acusados, pois a vereadora falou tanto do médico quanto do servidor que deu o atestado.

O papel da vereadora é fiscalizar e cabe ao Poder Executivo apurar se realmente existiu o fato narrado ou não.

Como existe uma comissão que apura fatos como este e o cumprimento da lei em questão, os fatos serão levados em consideração e analisados de forma clara e transparente.

Veja divulgado pelo MidiaJur