Com moda masculina em alta, empresas investem no atendimento para fomentar vendas

Por décadas, os mercados da moda e cuidados pessoais estiveram ligados às mulheres. Porém, nos últimos anos, a participação masculina nestes segmentos cresceu de forma expressiva. De acordo com estudo da Inteligência de Mercado (Iemi), companhia especializada em pesquisas mercadológicas, a produção de artigos de vestuário para homens em 2023 foi de cerca de 5,5 bilhões de peças – quase o triplo no comparativo com o período pré-pandemia (2019). Em receitas, o Brasil já movimenta US$ 15 bilhões por ano.

O crescimento da demanda no setor faz com que as empresas do segmento invistam pesado em estratégias para sobressair ante à concorrência. No caso da Raphael Benetti, o planejamento para 2024 é ambicioso: aumentar o faturamento em 22% em relação ao ano passado. Para alcançar a meta, o empresário Júnior Macagnam, proprietário da marca, foca na produção de confecções com qualidade de forma sustentável e no bom atendimento ao cliente.

“Ter bons produtos nos estoques é bom, mas apenas isso não basta. O consumidor moderno não abre mão de ter a melhor experiência possível nas lojas e oferecer um serviço de assistência de excelência é essencial. Tanto que realizamos cursos e capacitações para aperfeiçoar o trabalho das equipes de atendimento. Isso é fundamental para transmitir uma boa imagem da empresa, além de aumentar a concretização das vendas”, destaca o empresário.

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A análise do empresário vai de encontro ao resultado de um levantamento recente feito pela consultoria Opinion Box, que revelou que 7 em cada 10 consumidores já deixaram de comprar em uma marca de roupas, sapatos e acessórios por terem recebido um atendimento ruim. A pesquisa também destaca que a expansão dos canais de vendas é outro ponto importante para incrementar as receitas. Isso porque, após o ápice da pandemia, dois terços dos brasileiros passaram a comprar itens por meio de sites e aplicativos.

Macagnam reforça que o uso da inteligência artificial (IA) vai garantir a prestação de assistência direcionada para as necessidades do consumidor nos meios virtuais. “Com a IA, o comércio vai melhorar uma série de pontos, que vão desde a personalização da experiência do cliente, com base no histórico de compras e comportamentos, automação de processos operacionais na empresa, segurança antifraude, controle de estoque e uma série de funcionalidades que só tem a contribuir com a melhoria de desempenho”.

Mesmo atuando no varejo, a Raphael Benetti tem como uma das metas a consolidação nas vendas por atacado. Além disso, a empresa também deve inaugurar mais duas novas unidades em Cuiabá e no restante do estado. “Ainda estamos em fase de prospecção e analisando a viabilidade de mercados nas principais cidades do interior para seguir com o nosso projeto de expansão da marca”.