12.06.2005 | 03h00
A venda de sorvetes e picolés em pequenos estabelecimentos comerciais em Cuiabá, considerada um chamariz para atrair a clientela, está se tornando inviável a alguns comerciantes ante os custos com a energia elétrica consumida pelos freezers. Cada aparelho gera um custo fixo mensal que oscila entre R$ 65 e R$ 75, o que inviabiliza a revenda dos produtos em paralelo à pequena margem de lucro.
O proprietário da mercearia Flamboyant, Pedro Alves Cassimiro, afirma que o lucro obtido com a venda dos sorvetes das marcas nacional (Kibon) e local (Icebom), na faixa de R$ 200 ao mês, é insipiente após o desconto dos R$ 140 com a energia elétrica gasta pelos dois freezers.
O lucro líquido de apenas R$ 60 já faz o pequeno comerciante planejar a retirada da revenda da Kibon. A mesma medida já foi adotada no ano passado, quando o comerciante optou em priorizar a retirada da marca em função da menor margem de comissão, de 15% sobre as vendas. Além disso, segundo Cassimiro, as perdas na mercadoria e o pagamento em cheque com prazo máximo de sete dias para o desconto pelo distribuidor também são entraves que fornecem riscos ao revendedor.
Para diminuir os gastos com a energia, o empresário destaca que outras alternativas já foram testadas na mercearia, como a troca de freezers por outros menores e o desligamento de um balcão frigorífico. As adequações fizeram com que o valor da conta mensal de energia, de até R$ 1,7 mil, fosse reduzido para R$ 1,090 mil.
O faturamento bruto diário do negócio é de R$ 1,3 mil. "Quando você começa a por as contas na ponta da caneta e vê que esses atrativos não estão dando lucro, não adianta continuar". De acordo com informações da Cemat, concessionária de energia elétrica em Mato Grosso, a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Mato Grosso sobre o comércio é de 30%.
A Kibon foi contatada pela reportagem, via assessoria de imprensa e via e-mails, mas não houve resposta sobre os questionamentos sobre resultados de vendas, número de pontos de revenda no Estado e o posicionamento sobre a saída de comerciantes do negócio de sorvetes.
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