DEU EM A GAZETA 25.06.2025 | 06h47
silvana@gazetdigital.com.br
João Vieira
Aumento das misturas obrigatórias de biocombustíveis nos combustíveis fósseis será analisado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) hoje (25). A proposta de elevação da proporção de etanol anidro na gasolina, dos atuais 27% para 30% (E30), com possibilidade de chegar a 35%, conforme previsto na Lei do Combustível do Futuro, sancionada em 2024, é um dos pontos centrais da reunião, que terá a participação do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Também será debatido o acréscimo de biodiesel no diesel dos atuais 14% para 15% (B15) por litro e que deveria ter entrado em vigor em 1º de março deste ano. Após a reunião, o evento “O Combustível do Futuro Chegou” irá reunir autoridades e representantes do setor para discutir o papel dos biocombustíveis no enfrentamento das mudanças climáticas. Mato Grosso, maior produtor de soja e milho do Brasil, está na linha de frente desse movimento.
O estado lidera a produção nacional de etanol de milho e é o segundo maior produtor total do biocombustível, atrás apenas de São Paulo. Para atender à demanda crescente, o parque industrial de etanol do estado processa 13,3 milhões de toneladas de milho, 27,7% da produção estadual estimada em 49 milhões toneladas na safra 2024/2025, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O resultado são 5,6 bilhões de litros de etanol de milho, somados a 1,1 bilhão de litros da cana, totalizando 6,7 bilhões de litros, superado apenas por São Paulo (13,5 bilhões/l). De acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), a produção nacional do biocombustível pode dobrar até 2033, saindo dos atuais 8 bilhões de litros para 16,6 bilhões de litros. Na cadeia produtiva do biodiesel, Mato Grosso também se consolida como referência.
Apenas nos dois primeiros meses de 2025, a produção local cresceu 11%, alcançando 283 milhões de litros, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Embora a elevação da mistura para 15% tenha sido adiada pelo CNPE em fevereiro, a indústria mato-grossense seguiu expandindo a oferta.
Esse crescimento tem elevado o esmagamento de soja, que bateu recorde em 2024 com 12,6 milhões de toneladas processadas - alta de 7,8% em relação ao ano anterior - aumentando a produção de óleo e farelo usados tanto na indústria de biodiesel quanto na nutrição animal.
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