'passo estratégico' 27.06.2025 | 09h01
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Com o aumento do percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%, o governo federal espera reduzir o preço do combustível em pelo menos R$ 0,02 por litro, segundo informações divulgadas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
No estudo apresentado pelo governo federal, a economia de um motorista de táxi ou de aplicativo que roda 7.500 km por mês, por exemplo, poderá chegar a R$ 150 mensais.
A medida, adotada na quarta-feira (25) pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), também prevê a elevação do biodiesel no diesel de 14% para 15%. As mudanças começam a valer a partir de 1º de agosto.
O ministério defende que as novas regras reduzem a dependência brasileira de combustíveis fósseis, “diminuindo a necessidade de importações em um momento de incertezas no mercado global”.
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Segundo o Ministério de Minas e Energia, ampliar para 30% a quantidade de etanol na gasolina levará a uma redução no consumo de Gasolina A em até 1,36 bilhão de litros e o aumento do consumo de etanol anidro em até 1,46 bilhão de litros. Com isso, o país deixaria de ser importador da gasolina e geraria um excedente de 700 milhões de litros por ano.
Benefícios de mais etanol na gasolina
- Investimento de R$ 8,45 bilhões em capacidade industrial e R$ 1,69 bilhões em máquinas agrícolas;
- Geração de até 51,6 mil empregos diretos e indiretos, incluindo a fase industrial e agrícola; e
- Redução das emissões de 3 milhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano.
Benefícios de mais biodiesel no diesel
- Investimento em novas usinas e esmagadoras de soja em R$ 5,2 bilhões;
- Geração de até 4.000 empregos direto e indiretos;
- Aumento da massa salarial em até R$ 17 milhões; e
- Inserção de mais 5.000 famílias no programa de agricultura familiar e aumento da renda.
Medida é elogiada
Representantes do setor de biodiesel elogiaram a medida. Para o diretor superintendente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Donizete Tokarski, o “aumento está em consonância com os objetivos da Lei Combustível do Futuro”.
“Trata-se de um passo estratégico na transição energética brasileira, que fortalece a cadeia produtiva, gera empregos, distribui renda no campo e na indústria e contribui de forma concreta para a redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirma.
Na avaliação do vice-presidente do grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt, a medida “é um marco”. “Acho que é um start para a gente dar continuidade na política de descarbonização”, disse.
“Hoje, o Brasil tem abundância em matéria-prima, em tecnologia, inovação e capacidade industrial de produção. Nada mais justo do que a gente incentivar esses empresários a gerar emprego, gerar renda e gerar riqueza para o país, em paralelo ao agronegócio”, defendeu.
Para ele, o aumento do percentual de combustíveis renováveis vai beneficiar todo o ecossistema do setor. “Não é um ganho somente em autossuficiência de produto, mas sim na economia circular, porque quando a gente fala em biocombustível, a gente está falando do agronegócio, de maior produção de soja, maiores possibilidades para a agricultura familiar e maior possibilidade para a produção de ração animal.”
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
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luiz Monteiro - 27/06/2025
Se falam tanto no progresso, com aumento de produção do Etanol em nosso Estado de MT, mas não vejo nada que beneficie o cidadão consumidor do Etanal, os preços não abaixam, sempre subindo, qual a vantagem para o bolso do cidadão com toda essa expansão da produção do Etanaol em nosso Estado? Com o aumento de percentual do Etanol na gasolina de 27% para 30%, nos carros FLEX não tem problemas e como fica o funcionamento do motor dos carros que só usam combustível GASOLINA, vai ficar com falhas no funcionamento indicando mistura pobre de combutivel (Gas/oxigenio), com a palavra os especialistas, pensar um pouco nas pessoas que só possuem carros a gasolina, e não FLEX.
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