megaoperação 27.11.2025 | 14h49
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (27) que o grupo do setor de combustíveis, alvo da megaoperação Poço de Lobato por não pagar impostos, fraudava R$ 350 milhões por mês.
“A gente constrói escolas no interior, com 12 a 15 salas de aula, com cerca de R$ 18 milhões. É como se impedíssemos a construção de 20 escolas por mês. Esse é o tamanho da fraude”, comparou o governador.
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As investigações sobre dezenas de empresas do setor de combustíveis ligadas ao Grupo Refit, dono da antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, apontam que o esquema já causou um prejuízo superior a R$ 26 bilhões em todo o país — valor referente a débitos inscritos em dívida ativa. Só aos cofres paulistas, o rombo chega a R$ 9,6 bilhões.
“[Essa operação] nasce do inconformismo com os devedores contumazes no estado de SP. É uma operação contra um grupo, R$ 9,6 bilhões que deixaram de entrar nos cofres do estado. [...] A gente aumentou o custeio da saúde em R$ 10 bilhões. Esse dinheiro proporcionou a duplicação das cirurgias eletivas no estado de São Paulo. É como se afastasse do cidadão o serviço de saúde”, disse o governador.
O promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) Alexandre Castilho, afirmou que a coleta de provas contra a sonegação fiscal foi um sucesso na operação.
“Conseguimos arrecadar documentos que demonstram que todas as nossas suspeitas são verdadeiras. Esse grupo econômico está enraizado, se utiliza do sistema financeiro. Como que um devedor contumaz, que deve R$ 26 bilhões, consegue usar o sistema financeiro para movimentar dinheiro?”, questionou.
Em seguida, o promotor disse que a quadrilha movimentava dinheiro dentro e fora do país. “Como esse país permite que um devedor contumaz atue de forma natural? [...] Por isso, a importância da necessidade de uma legislação que impeça esse tipo de atividade que corrói as bases da sociedade”, concluiu.
Operação Poço de Lobato
As autoridades, incluindo as do estado de São Paulo, miram mais de 190 alvos, entre pessoas físicas e empresas, suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável pela prática de crimes contra a ordem econômica e tributária, além de lavagem de dinheiro.
Os mandados são cumpridos no Distrito Federal e em outros cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Maranhão.
Importadoras atuavam como laranjas, adquirindo do exterior nafta, hidrocarbonetos e diesel com recursos provenientes de formuladoras e distribuidoras vinculadas ao grupo. Entre 2020 e 2025, os investigados importaram R$ 32 bilhões em combustíveis.
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