aumento de custos 25.11.2023 | 09h00
João Vieira
O fim da desoneração da folha de pagamento no segmento de transporte urbano pode aumentar a inflação em 0,2 ponto porcentual, segundo estimativa da Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiro (Anatrip). “A reoneração implicará em aumento de custos que será repassado para a tarifa dos passageiros”, explica o secretário-executivo da Anatrip, Gabriel Oliveira. “O veto presidencial vai na contramão das medidas do governo de controlar a inflação”, avalia o executivo.
Nesta sexta-feira (24) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o PL 334/2023, que prorroga, por mais quatro anos, a chamada desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, incluindo transporte rodoviário e metroviário de passageiros. Segundo estimativas do setor de transporte urbano, a reoneração deve gerar aumento de 6,78% nos custos totais do serviço e, por consequência, reajuste médio das tarifas para o passageiro de até R$ 0,31.
Para Oliveira, a decisão afeta a recuperação financeira das empresas no pós-pandemia. “Estamos voltando ao volume de passageiros de 2019 e caminhando para retomar a capacidade de investimento das empresas, um aumento de custos vai reverter esse movimento positivo”, explica. O executivo avalia que o repasse da alta das despesas para a tarifa terá um impacto para além das empresas de transporte. “A população com menos renda será impactada pelo aumento da tarifa, as empresas que pagam vale-transporte terão aumento nos gastos”.
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O secretário-executivo da Anatrip também acredita que o desgaste político de aumento de tarifas de transporte público pode dificultar para as empresas conseguirem repassar os custos da reoneração. “Isso pode afetar a saúde financeira do segmento de transporte, podendo inclusive implicar até em dificuldades das empresas de cumprirem obrigações trabalhistas, por exemplo”, afirma Oliveira.
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