presidente da fmf 04.12.2025 | 17h06

redacao@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Diogo Pécora é abraçado pelo mentor Luciano Hocsman
Eleito presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) para o quadriênio 2026/2029, o advogado Diogo Pécora admitiu que a entidade depende diretamente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para gerir o futebol local, mas negou ser subserviente à entidade carioca.
Em entrevista à Rádio Capital FM, Pécora começou admitindo que alguns clubes negociaram o voto e citou o Santa Cruz, de Barra do Bugres, como exemplo.
“O presidente do Santa Cruz, de Barra do Bugres, por exemplo, nos pediu apoio para iluminar o estádio local”, detalhou, citando também que o Nova Mutum pediu socorro sobre o campo de jogo, que é péssimo. Dessa forma, Pécora terminou admitindo que os jogadores ainda vão sofrer com a má qualidade dos gramados em 2026.
Leia também - Novo presidente deve administrar dificuldade financeira deixada por antecessor
Questionado sobre o salário de R$ 215 mil dos presidentes de federações, não desmentido pela CBF, o novo dirigente cravou: “É fake”, explicando que algumas federações receberam valores a mais na gestão de Ednaldo Rodrigues, e terminou revelando que a entidade repassa a quantia de R$ 120 mil por mês para a FMF.
“Mal dá para pagar a folha”, disse, contrariando a prestação de contas da própria FMF, que apontava uma folha de R$ 65 mil.
Pécora ainda prometeu profissionalizar a Comissão Estadual de Arbitragem, retirando Diogo Carvalho do cargo e colocando um árbitro na função de presidente, e jurou ter autonomia para gerir a federação, sem interferência da CBF ou do ex-presidente Aron Dresch, em que pese ter como vice-presidente Francisco Mendes, dono do IDP, que tem contrato com a CBF. Francisco é filho do Ministro do STF Gilmar Mendes.
“Ele (Francisco) tem uma ligação muito próxima com a CBF. O IDP tem parceria com o CBF Academy, não vejo estranheza nenhuma nisso. O Francisco Mendes é diretor do IDP, e isso foi objeto de impugnação da chapa ‘Federação para Todos’, mas a impugnação foi julgada improcedente”, desconversou.
“O alinhamento com a CBF é necessário, mas a CBF não vai determinar: ‘faz isso, faz aquilo’”, garantiu.
Por fim, Pécora citou a necessidade de buscar recursos financeiros junto à Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado para bancar as competições de base.
“Não temos dinheiro nem patrocinador. Por isso, precisamos manter a relação com a CBF. Durante a intervenção, a CBF bancou a reforma na federação”, admitiu, conforme A Gazeta já havia antecipado; e revelou que os clubes reclamaram do valor de R$ 650 mil a serem pagos por uma Casa de Apostas (Bet) como patrocínio do Estadual/2026.
No final, Pécora admitiu depender de orientações do ex-interventor Luciano Hocsman para gerir a FMF. “Sou inexperiente e vou recorrer a ele”.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.