Patrocinadores 26.05.2020 | 09h42
Reprodução/Twitter
A pressão do Flamengo pela volta do futebol tem explicação financeira.
E vai além do que está deixando de receber.
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A esta altura, se não houvesse a pandemia, o clube deveria estar disputando a Libertadores, o Brasileiro e as oitavas da Copa do Brasil.
Arrecadação, transmissão, sócios-torcedores, vendas de material esportivo, dinheiro dos patrocinadores.
Só que, há praticamente não tem recebido nada.
Pago a folha salarial mais cara do país.
Só o que poucos têm acesso é o impasse em relação aos patrocinadores do Flamengo.
Já perdeu o Azeite Royal, que bancava R$ 3 milhões pelas meias.
Não encontrou substituto, a diretoria analisa se processa a empresa por quebra de vínculo.
Mas há um outro gravíssimo problema financeiro trazido pela pandemia.
O patrocínio master do campeão da Libertadores, do Brasil, do Rio de Janeiro.
O banco virtual Bs2 sinaliza que está para deixar o clube.
Ele deveria pagar R$ 15 milhões por 2020.
Mas já se preparava para deixar o peito, o espaço nobre, o lugar reservado para o patrocinador master.
O Bs2 iria para as mangas, pagando menos, cerca de R$ 10 milhões.
Enquanto a Amazon bancaria R$ 35 milhões pelo patrocínio master.
Esse era o acordo que estava sendo amarrado em janeiro, quando nem se sonhava com o coronavírus atingindo o Brasil.
Só que a pandemia atingiu em cheio os patrocinadores.
Sem futebol, o acordo com a Amazon está congelado. Só quando as competições na América do Sul voltarem há lógica para investimento. Mesmo a empresa com patrimônio de 916 bilhões de dólares, cerca 5 trilhões de reais.
A marca traria mais prestígio mundial ao clube carioca.
Para piorar de vez, o banco Bs2 estuda romper o patrocínio com o Flamengo.
O valor acertado entre o patrocinador e o clube para 2020 é de R$ 15 milhões, em três parcelas. A primeira, de R$ 5 milhões já foi paga. Restam duas.
Se houver o rompimento, a multa chegaria a apenas R$ 2 milhões.
A cúpula do Flamengo não quer o rompimento.
A solução seria o retorno mais rápido possível do futebol.
Porque patrocinador quer sua marca exposta.
A questão é complicada.
A direção do clube decidiu pedir R$ 40 milhões emprestados a bancos para saldar suas dívidas mais prementes, como salários dos atletas.
Vale lembrar que já demitiu 62 funcionários para economizar.
O clube teve seu massagista Jorginho, que trabalhou 40 anos na Gávea, morto pelo coronavírus.
E o próprio presidente Rodolfo Landim confirmou ontem que oito jogadores foram infectados. E estão sem sintomas, por isso podem treinar.
Aliás, o clube venceu sua batalha pelo direito de treinar.
Assim, as marcas dos seus patrocinadores são expostas.
É uma pálida compensação, sem jogos.
Não é só o Flamengo que vive problemas financeiros.
E abandono de patrocinadores.
O Corinthians, por exemplo, dos 11 patrocinadores de seu uniforme, quatro já deixaram de pagar por conta da pandemia.
No mundo todo, a situação é preocupante.
Milan, Arsenal e Real Madrid recebem menos da Emirates, por que não inúmeros voos foram suspensos, por exemplo.
O Flamengo não está sozinho nesta briga.
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
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