CRISE COM O PAIAGUÁS 07.05.2025 | 12h00
pablo@gazetadigital.com.br
Laura Petraglia/Assessoria de Comunicação
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) voltou a usar a tribuna da Assembleia Legislativa (ALMT) para rebater o governador Mauro Mendes (União) e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), e apontar que existem denúncias e dossiês contra o governo, que segundo ela, serão revelados no "momento certo".
A declaração ocorreu após ela voltar a criticar o governo pelo não pagamento de emendas parlamentares, afirmando que até o momento, apenas 5% foram pagas, e que nenhuma seria para a saúde pública. Janaina afirma que Mauro e Garcia "baixaram o nível" por conta do processo eleitoral, mas que ela não fará isso.
“Capivara para falar desse povo aí é o que não faltava. O que eu recebi de dossiê e de denúncia quase encheu a sala da minha casa. Eu poderia baixar o nível também, mas eu não vou fazer isso. Eu vou guardar tudo isso porque a hora certa vai chegar de mostrar para Mato Grosso quem são esses ‘honestos’, ‘santos homens’, que só se preocupam com o bem-estar do povo, mas, na prática, fazem tudo ao contrário”, disse a parlamentar nesta quarta-feira (7).
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A declaração ocorre após o chefe da Casa Civil ter rebatido a reclamação da deputada sobre boicote de suas emendas parlamentares. Fábio Garcia atacou a parlamentar alegando que ela foi criada no ‘berço da corrupção’, referindo-se indiretamente ao pai da parlamentar, José Riva, que confessou em sua delação premiada ter participado de vários esquemas de corrupção no Estado.
“Eu falei verdade sobre a família Riva, é diferente. Eu disse que eu não fui criado no berço da corrupção, com dinheiro da corrupção. Todo mundo sabe o histórico da família Riva aqui, não estou falando nada que ninguém saiba no Mato Grosso. O ex-deputado Geraldo Riva é o político mais corrupto da história desse Estado aqui”, disse recentemente.
A crise entre Janaina Riva o Palácio Paiaguás ocorre desde o ano passado e tem como pano de fundo a disputa ao Senado em 2026. Isso porque a deputada se lançou ao Senado ainda no final de 2022, afirmando ter sido a última eleição que disputou na Assembleia.
Já o governador Mauro Mendes também visa se eleger ao Senado, e enxerga a deputada como uma possível adversária em potencial. Tanto, que o governo interferiu na disputa da Mesa Diretora da Assembleia no ano passado, vetando o nome da parlamentar como primeira-secretária. O governo ainda retirou a única secretaria que o MDB tinha na gestão, que era da Agricultura Familiar, sob argumento de denúncias de superfaturamento.
Agora, o governo classifica a parlamentar como oposição e admite que irá atrasar suas emendas como consequência política.
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JORGE1 - 09/05/2025
Não é possível! Já vai começar o barraco! Nossos políticos tem muita dificuldade quando se trata de tratar as coisas com honestidade. Se a deputada recebeu dossiê e denúncias, ela tem a obrigação de mandar a justiça investigar, e não ficar de certa forma ameaçando de tem isso e aquilo. Pela fala da deputada, ao que parece estamos num retrocesso político.
Neide - 07/05/2025
Vichi a briga é só com peixe grande.Cada um querendo ficar mais rico do que ja é.
2 comentários