5 anos após descobrir fraudes, governo demite 3 servidores

O governador Mauro Mendes (União) publicou nesta terça-feira (14) um despacho em que oficializa as demissões dos agentes de tributos, André Neves Fantoni, Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho, que são réus em uma ação oriunda da Operação Zaqueus.  

Eles chegaram a ser presos em 2017 na Operação Zaqueus sob acusação de terem recebido propina para fraudar processo em favor da Caramuru Alimentos.  

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De acordo com a publicação, Fantoni e Alfredo Menezes, foram demitidos por conta da gravidade "dos atos praticados, quais sejam, a redução em mais de 99% os créditos tributários devidos pela empresa Caramuru Alimentos S/A, no PAT n°. 5020396/2012, em troca do recebimento valores indevidos", diz trecho do documento publicado no Diário Oficial do Estado.  

Já em relação a Farley Coelho, o Processo Administrativo Discplinar (PAD)  teria comprovado "a ação intencional do acusado, no exercício de suas atribuições, em colaborar para facilitar a operação ilícita desenvolvida pelos demais acusados", completa.  

Operação Zaqueus

André Fantoni, Alfredo Menezes e Farley Moutinho foram presos no dia 3 de maio de 2017 pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) acusados de fraudar um auto de infração contra a Caramuru Alimentos S/A e reduzir seu valor de R$ 65 milhões para R$ 315 mil.

Em troca disso, a suposta organização criminosa teria recebido propina de R$ 1,8 milhão, cuja maior parte teria ficado com André Fantoni, apontado como líder do esquema por ter sido o responsável por abordar a Caramuru e também por contatar o advogado Themystocles Ney de Figueiredo, delator do esquema, que afirma ter realizado a lavagem do dinheiro ilícito.

Fantoni é o único dos três agentes de tributos que ficou preso pro mais de 2 meses no Centro de Custódia da Capital (CCC) porque  não pagou a fiança arbitrada pelo desembargador Orlando Perri, inicialmente, em R$ 1,3 milhão e depois em R$ 655 mil.