retrospectiva 05.01.2023 | 16h10
khayo@gazetadigital.com.br
João Vieira
Próximo de completar dois anos do assassinato de Isabele Guimarães Ramos, 15, a atiradora que matou a adolescente foi solta. A assassina da menor deixou a detenção no mês de junho de 2022.
Conforme noticiado pela reportagem, a atiradora completou um ano de prisão no Lar Menina Moça, no Complexo Pomeri em Cuiabá, no dia 19 de janeiro. O primeiro ano na detenção ocorreu mesmo após diversos habeas corpus impetrados pela defesa da menor.
Detida até então pela prática de ato infracional análogo a homicídio qualificado, a menor recebeu laudo positivo para sua soltura por parte do Centro de Ressocialização em março.
Contudo, ao julgar a avaliação, que era feita a cada 6 meses, o juiz da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá Túlio Duailibi Alves Souza negou a soltura da menor e a manteve detida.
Posteriormente, a defesa da menor ingressou com ação contra a decisão do magistrado. Contudo, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou o pedido e manteve a detenção em determinação proferida no dia 18 de março.
Soltura
Porém, pouco menos de 3 meses depois, no dia 8 de junho, decisão da Terceira Câmara criminal mudou o entendimento comum sobre o caso até então.
Na data, os desembargadores Márcio Vidal, Luiz Carlos da Costa e Rondon Bassil Dower Filho votaram pela conversão do crime de homicídio doloso para culposo. Com a nova decisão, foi determinada a soltura da atiradora.
A decisão da Corte, conduto, gerou revolta e comoção. Após críticas ao posicionamento dos magistrados, a mãe de Isabele organizou protesto pedindo justiça sobre o caso no dia em que o assassinato completou dois anos, em 12 de julho.
“Um crime deve ser tratado com rigor que ele merece, quero sensibilizar a sociedade e principalmente o Poder Judiciário para que possa analisar esse caso com todo critério, porque afinal de contas existe um processo todo que envolve esse crime, que não foi um acidente", disse a mãe no protesto.
Na iminência do retorno da atiradora à antiga escola onde estudava, alunos do colégio Maxi realizaram abaixo-assinado contra a volta da menor à unidade de ensino. Ao longo do mês de julho, várias manifestações foram feitas pelos estudantes com cartazes na escola e também reclamações mas redes sociais.
Ao longo deste ínterim, o Ministério Público de Mato Grosso também ingressou com requerimento para que a atiradora voltasse à detenção. Contudo, em 31 de agosto, nova decisão da Justiça confirmou a determinação anteriormente proferida pelos desembargadores e manteve a adolescente solta.
Apesar da decisão da Justiça, a liberdade da atiradora segue causando incômodo em parcela da sociedade. Episódio registrado no final de novembro confirma a comoção negativa em torno da soltura.
Isso porque no dia 29 daquele mês a menor foi hostilizada em um salão de luxo da Capital. Na data, a família procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência contra uma empresária por calúnia, injúria, perseguição e perturbação. Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram toda a ação.
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julio cesar - 05/01/2023
Este é um Pais que se tem dinheiro e influencia não vai preso, aqui no Brasil tudo pode; o exemplo ja vem decima; POLITICOS, POLICIAS, ENDINHEIRADOS, FAMOSOS E DAI VAI... Estamos caminhando para fim das, boas maneiras, honra, segurança e outros mais .. que DEUS NOS AJUDE.
1 comentários