tráfico e lavagem de dinheiro 10.09.2025 | 18h14
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
PJC-MT
A juíza Edna Ederli Coutinho, do gabinete 3 do Núcleo do Juiz de Garantia, manteve a prisão Joseph Ibrahim Khargy Junior, 23, alvo da Operação Tempo Extra, deflagrada na manhã desta quarta-feira (10). Ele é apontado como o "herdeiro" do esquema liderado por Paulo Witter Farias Paelo, o “WT”, conhecido como "tesoureiro do CV", detido na operação Apito Final, em abril de 2024, que revelou um esquema de lavagem de dinheiro de mais de R$ 65 milhões. O investigado passou por audiência de custódia na tarde desta quarta.
Conforme noticiou o , a Polícia Civil afirma que após a prisão de Paulo Witer, o grupo criminoso se reestruturou para continuar cometendo os crimes de lavagem de dinheiro e movimentações milionárias relacionadas às atividades de tráfico de drogas da facção Comando Vermelho em Mato Grosso. Ao ser preso na data de hoje, Joseph, que 'herdou' as funções de WT, teve a casa arrombada em um condomínio no fim da avenida do CPA. No momento da prisão, ele não esboçou nenhuma reação. Dois carros, sendo um Corolla e um Ônix, assim como seu aparelho celular, foram apreendidos.
Segundo a polícia, Joseph não foi alvo da Apito Final. Sua relação com WT se dava em relação ao tráfico de drogas e da ocultação do patrimônio. Foram descobertas diversas conversas entre os dois. Ele teria ficado responsável por “ritmar” uma área em Cuiabá, ou seja, organizar e coordenar operações de distribuição e vendas de drogas, bem como o cadastro de contribuintes comparsas em favor do grupo, com o objetivo de aperfeiçoar os ganhos e minimizar os riscos de prejuízos.
Joseph teria papel estratégico na reestruturação financeira da facção após os bloqueios e prisões da Operação Apito Final, além de ser responsável por auxiliar na fuga de comparsas, sendo um suporte logístico de criminosos. As investigações apontaram ainda que o grupo continua com as atividades criminosas, com o objetivo de lavar dinheiro proveniente dos crimes, por meio da movimentação de recursos ilícitos, inclusive por meio de empresas de fachada e aquisição de veículos de alto valor.
Tempo Extra
A operação é considerada uma extensão direta da Operação Apito Final, já que os alvos de ambas as operações são praticamente os mesmos, o que reforça a tese de continuidade das atividades criminosas por parte do grupo.
A nova ofensiva busca desarticular a organização criminosa, asfixiando financeiramente o grupo, impedindo que ele se reestruture e retome o controle de áreas estratégicas para o tráfico e a lavagem de capitais.
Apito Final
Deflagrada em abril de 2024 pela Polícia Civil, por meio da GCCO/Draco, a Operação Apito Final revelou um esquema de lavagem de dinheiro estimado em mais de R$ 65 milhões. Na ocasião, foram cumpridas 54 ordens judiciais, incluindo o sequestro de 45 veículos e a indisponibilidade de 33 imóveis.
A investigação, realizada ao longo de dois anos, apontou que o alvo principal utilizava diversas pessoas — entre amigos, familiares e advogados que atuavam como "laranjas" — para adquirir imóveis, comprar e vender carros e atuar na locação de veículos com o dinheiro das práticas criminosas.
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