por mais 140 dias 17.06.2025 | 16h45
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prorrogou, por unanimidade, o prazo para a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Wladymir Perri, investigado por suposta infração disciplinar e irregularidades na condução e acautelamento de provas e procedimentos criminais em caso da morte do advogado assassinado Roberto Zampieri. Com isso, o PAD foi estendido por mais 140 dias, contados a partir de 30 de abril de 2025.
A decisão foi tomada durante o plenário virtual, realizado no dia 13 deste mês, presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Votaram com a relatora Daniela Pereira Madeira os conselheiros Luís Roberto Barroso, Mauro Campbell Marques, Caputo Bastos, José Rotondano, Mônica Nobre, Alexandre Teixeira, Renata Gil, Guilherme Feliciano, Pablo Coutinho Barreto, João Paulo Schoucair, Ulisses Rabaneda, Marcello Terto, Daiane Nogueira de Lira e Rodrigo Badaró.
A instrução do PAD ocorre em sigilo.
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Conforme noticiou o , o advogado Roberto Zampieri foi morto em 5 de dezembro de 2023 quando saía de seu escritório no Bosque da Saúde, em Cuiabá. Já em dezembro de 2024 o plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pela instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar conduta do juiz Wladymir Perri, na condução do processo referente ao assassinato do advogado Roberto Zampieri.
Segundo noticiado à época, o magistrado foi denunciado ao Conselho por suposto desvio de conduta e violação do celular do falecido, que foi periciado e passou a ser chamado de “celular bomba”, por conter diálogos com outros advogados, juízes e desembargadores que estariam envolvidos em esquema de venda de sentenças.
A decisão pela abertura do PAD foi tomada durante a 16ª Sessão Ordinária de 2024, seguindo do corregedor nacional de Justiça, ministro Campbell Marques. Ao analisar os documentos do processo, Campbell afirmou que havia indícios de desvio funcional do magistrado, por supostas irregularidades na condução do inquérito policial que investiga o assassinato do advogado Roberto Zampieri.
O corregedor detalhou a sequência dos fatos que levaram à abertura do PAD, de acordo com os registros do TJMT. Entre as irregularidades cometidas pelo juiz, Campbell Marques destacou o fato de o magistrado ter confiscado o celular da vítima e negado às partes o acesso ao material.
O juiz também teria violado lacres de envelopes sem o acompanhamento da defesa. O corregedor considerou que as atitudes do magistrado foram graves e, por isso, merecem apuração dos fatos. Ele alegou que “há indícios de quebra de custódia de provas” sobre o investigado.
Em sua defesa, o magistrado teria afirmado que recolheu as provas a pretexto de resguardar a identidade da vítima.
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Wanderley - 17/06/2025
Pizza à vista.
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