oab cobra prerrogativas 16.12.2025 | 16h20

jessica@gazetadigital.com.br
Divulgação
Áudios obtidos pelo
revelam episódios de desrespeito de advogados contra a juíza Mônica Perri, durante audiência realizada na tarde de segunda-feira (15). O atrito teve início quando a magistrada indeferiu o fornecimento imediato da ata da sessão, justificando que o documento não estava finalizado no momento da suspensão dos trabalhos, que seriam retomados no dia seguinte, 16. Ela afirmou que as defesas teriam acesso integral ao conteúdo posteriormente.
O júri popular em questão trata do assassinato do policial militar Thiago Ruiz, crime pelo qual o investigador Mário Wilson Vieira da Silva é réu.
Na gravação, é possível ouvir o momento em que um advogado insiste em obter o documento, apesar da negativa da magistrada. Diante da persistência do profissional, a juíza declara: “A gente está aqui para ter respeito. Para todo mundo se respeitar”. Em resposta, o advogado afirma que a juíza também precisa exercer o respeito. “Eu respeito, mas o senhor tira qualquer um do sério”, rebate Mônica Perri.
Diante do embate, outras pessoas presentes no Tribunal de Justiça intervêm, destacando que o profissional estaria tumultuando o ato “de novo”. “O senhor está sendo agressivo”, afirma uma voz no áudio.
Após consignar os pedidos em ata, a juíza declarou os trabalhos suspensos e ressaltou que, em 20 anos de Tribunal do Júri, nunca havia presenciado uma cena semelhante.
Em decorrência do tumulto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) realizou um ato com juristas em frente ao fórum nesta terça-feira. O grupo reivindicava o respeito às prerrogativas da classe, a dissolução do Conselho de Sentença e a retomada dos trabalhos para a quarta-feira (17).
O caso
O policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Junior e seu amigo, o policial militar Thiago Ruiz, chegaram juntos à conveniência de um posto de combustíveis de Cuiabá durante a madrugada. Mário chegou depois e foi apresentado a Thiago. Pelas câmeras de segurança, foi possível ver suspeito e vítima conversando até que o PM mostra sua arma na cintura, e, neste momento, o policial civil toma o revólver.
Eles começam a discutir até que partem para a agressão. Em determinado momento, eles caem ao chão, e Mário então atira em Thiago. Ele teria desconfiado que Thiago não era PM e, por isso, decidiu tomar a arma.
Mário se apresentou à polícia menos de 24 horas após ter cometido o crime. Em seu depoimento, não soube explicar por que tomou a arma do PM, contudo, justificou que atirou por temer que a vítima o matasse durante o desentendimento.
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