Justiça condena ‘Madruga’, ‘Nhonho’, ‘Tiririca’ e ‘Loirinho’ por roubo de gado

Jean Garcia de Freitas Bezerra, juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou 4 envolvidos no roubo de 300 cabeças de gado de uma fazenda de Nova Nazaré (269 km a Leste) em 2022. Marcos da Costa (vulgo “Madruga”) foi condenado a 12 anos e 6 meses de prisão, enquanto Victor Hugo da Silva (vulgo “Nhonho”), Wilian Rodrigues (vulgo “Loirinho”) e Ademilton Araujo (vulgo “Tiririca”) foram condenados a 10 anos de reclusão, todos eles em regime fechado.

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O Ministério Público de Mato Grosso denunciou Victor Hugo Ferreira Gonçalves da Silva (conhecido também por “Gordinho” ou “Kiko), Wilian dos Santos Rodrigues, Ademilton da Silva Araujo (também conhecido por “Caseiro”), Marcos Windel Guimarães da Costa e também Daniel de Sousa Rodrigues (vulgo “Magrão” ou “Cara de Gato”) pelos crimes de organização criminosa e roubo.

O MP afirmou que eles eram integrantes da facção criminosa Comando Vermelho e foram reunidos para roubar cabeças de gado, que seriam depois destinadas a abatedouros clandestinos. Além disso, alegou que exigiram transferência de dinheiro das vítimas.

Consta nos autos que nos dias 13 e 14 de outubro de 2022 os criminosos armados invadiram a Fazenda Flor da Mata do Ipê, localizada na BR-158, zona rural de Nova Nazaré, e renderam as vítimas.

Eles roubaram 300 cabeças de gado e também 7 cheques, sendo 3 preenchidos nos valores de R$ 180 mil, R$ 380 mil e R$ 50 mil, além de outros bens das vítimas como relógio de marca, dinheiro e 5 caminhões.

Os denunciados negaram envolvimento com o crime organizado, alegando que participaram apenas da prática dos roubos e foram contratados poucos dias antes do roubo. Eles pediram absolvição.

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra considerou que não há provas seguras de que, de fato, eles eram integrantes de organização criminosa, mas apenas que participaram do roubo.

“O simples fato de haver divisão de tarefas na execução do crime, como de fato ocorreu, vez que tinha um responsável por embarcar os gados e outros por vigiar as vítimas e render os motoristas que chegavam à fazenda para a realização do frete fraudulentamente contratado, por si só, não justifica a imposição da existência de uma organização criminosa, levando-se em consideração que a divisão de tarefas em delitos com certa complexidade é ínsita à prática delitiva”, explicou.

Ele destacou que “Nhonho”, “Loirinho” e “Tiririca” confessaram o crime e deram detalhes sobre o roubo. Com base nisso condenou eles e “Madruga” apenas pelo crime de roubo e absolveu “Cara de Gato” de todas as acusações por falta de provas.

A pena de Marcos foi então definida em 12 anos e 6 meses de reclusão e pagamento de 40 dias-multa. As penas de Victor Hugo, Wilian e Ademilto ficaram em 10 anos de prisão e pagamento de 33 dias-multa. Todos eles deverão cumprir regime inicial fechado.