investigado em 3 operações 22.08.2025 | 12h33
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Carlos Cini Marchionatti, negou pedido de habeas corpus da defesa de Paulo Witer Farias Paelo, o ‘WT’, e manteve prisão preventiva por suposto envolvimento com organização criminosa e lavagem de dinheiro. Nos últimos anos ele foi alvo de ao menos 3 operações para desarticular esquemas de arrecadação de milhões de reais para a facção Comando Vermelho em Mato Grosso.
A defesa de ‘WT’ argumentou pela ausência de indícios de autoria dos crimes a ele atribuídos, alegando que a segregação provisória fere o princípio da “presunção de inocência”, citando que seriam suficientes medidas cautelares diversas da prisão, mencionando ausência de provas robustas de autoria e desproporcionalidade da medida.
Foi requerido o provimento do recurso para a revogação da prisão preventiva e concessão definitiva da ordem de habeas corpus, visando a liberdade de Paulo Witer durante toda a tramitação do processo.
Em seu voto, o ministro analisou que não há ilegalidades na prisão e que as provas reunidas são suficientes para justificar a prisão do acusado, negando provimento ao recurso em habeas corpus.
“Observa-se que a prisão preventiva encontra-se fundamentada na garantia da ordem pública, considerando a gravidade das condutas (organização criminosa e lavagem de dinheiro), bem como em razão da periculosidade do ora recorrente, o qual foi apontado como membro da facção criminosa "Comando Vermelho”, cita.
Conforme os autos, Paulo Witer foi preso preventivamente em 18 de novembro de 2024, sob a acusação de integrar organização criminosa e praticar lavagem de dinheiro. A denúncia foi recebida em 21 de janeiro deste ano e a prisão preventiva mantida em 8 de maio, com base na necessidade de garantir a ordem pública.
Paulo foi alvo da Operação Flair Play em novembro de 2024, da Operação Apito Final, deflagrada em abril do mesmo ano e da Operação Red Money desencadeada em agosto de 2018. Ele é apontado como “tesoureiro” da facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso e tido como “homem de confiança” de Sandro Silva Rabelo, o ‘Sandro Louco’, o chefe da facção.
Investigações apontaram que mais de R$ 50 milhões foram arrecadados por meio de um esquema desenvolvido pela facção, cujos capitais são oriundos de pagamento de mensalidade de faccionados e traficantes e taxas de falsa segurança em comércios. Outro esquema apontou que, para a lavagem de dinheiro obtido do tráfico de drogas, WT teria utilizado comparsas e familiares como laranjas na aquisição de bens para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
Outro artifício usado foi montar uma base para difundir e promover a facção criminosa, por meio de doações de cesta básica e eventos esportivos. Além da criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
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