feminicídio 30.10.2019 | 08h27
Guilherme Araújo/SóNotícias
Juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), recebeu processo contra o empresário Ronaldo da Rosa e o policial militar Marcos Vinícius Pereira Ricardi. Com isto, eles se tornam réus na ação sobre o feminicídio da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues.
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A enfermeira foi dada como desaparecida em 27 de setembro, mas foi encontrada em uma região de mata no município, sem os braços e sem a cabeça no dia 8 de outubro. Investigações da Polícia Civil apontaram que o crime foi executado por Ronaldo e Marcos.
"Recebo a denúncia ofertada pelo Ministério Público, dando os denunciados Ronaldo da Silva como incurso no artigo 121, §2º, incisos II (motivo fútil), III (meio cruel), IV (recurso que dificultou a defesa da vítima) e VI (feminicídio) e artigo 211, ambos do Código Penal, sob os efeitos da Lei nº 8.072/90 e Marcos Vinícius Pereira Ricardi como incurso no artigo 121, §2º, inciso I (motivo torpe), III (meio cruel), IV (recurso que dificultou a defesa da vítima) e VI (feminicídio) e artigo 211, todos do Código Penal", diz trecho da ação.
Os acusados têm o prazo de 10 dias para responder a acusação. Os acusados devem arrolar até 8 testemunhas, bem como oferecer documentos, justificações e provas que comprovem seus argumentos. A Polícia deve encaminhar a certidão de óbito da vítima e seu exame de DNA.
O caso
Marcos trabalhava no estabelecimento comercial da família. O assassinato, de acordo com as investigações, teria sido motivado devido aos constantes desentendimentos entre o trio. Conforme o policial militar informou, o objetivo inicial era apenas dar um "susto" em Zuilda, mas a situação saiu do controle.
O policial, que confessou o crime, afirmou que o objetivo inicial era dar um susto em Zuilda ao simular uma tentativa de roubo. Contudo, a situação saiu do controle e eles a mataram.
Ronaldo, por outro lado, nega a autoria do crime e se diz inocente. Foi Ronaldo, inclusive, quem registrou o boletim de ocorrência um dia após o crime. Em sua versão, ele afirmou que estranhou quando não encontrou a mulher no trabalho. Às 20h, disse ter chegado em casa e encontrou o veículo do casal com manchas de sangue e mechas de cabelo.
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