compromisso com sindicato 15.10.2025 | 16h36
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
TVAL
A votação do projeto de lei que prevê aumento salarial de 6,8% aos servidores do Judiciário de Mato Grosso foi adiada após um pedido de vistas do deputado estadual Beto Dois a Um (PSB). O PL foi colocado em pauta nesta quarta-feira (15), após intensa pressão do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado (Sinjusmat), que ameaçava greve caso o texto não entrasse em votação. Agora a previsão é que entre novamente em pauta na próxima quarta-feira (22).
Servidores que acompanhavam a sessão, chegaram a vaiar o plenário e questionar os parlamentares enquanto assistiam à votação. O descontentamento dos servidores se dá diante de um compromisso firmado na semana passada em que os representantes das categorias do Judiciário se encontraram pessoalmente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com o presidente Max Russi (PSB) e outros deputados e deixaram o encontro com a garantia de votação. Isso porque na semana passada a redação não foi apreciada devido aos vetos que tomaram conta de toda a sessão.
“O regimento faculta que qualquer deputado pode pedir vista, e pedindo vista será concedida, estou cumprindo o regimento”, disse o presidente Max.
Leia também - Acordo entre sindicato e Assembleia prevê votação de reajuste na semana que vem
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) chegou a questionar a motivação do pedido de vista do colega e se o governo do Estado teria intenções sobre o adiamento da votação.
“Desde que esse projeto deu entrada aqui na AL eu percebo uma certa animosidade que vem do Executivo. Não consigo entender as razões disso, fico triste em não podermos votá-lo hoje. Realmente o regimento prevê vista, mas com todo respeito ao Beto, vice-líder do governador e cumpre uma tarefa aqui, mas aquilo que me preocupava antes da minha licença infelizmente acaba se materializando aqui, não sei pela qual o governador não quer ver esse projeto avançando aqui no parlamento estadual”, disse.
Wilson Santos (PSD) fez uso da fala na tribuna e acrescentou que a revolta dos servidores se deve a promessa de que o projeto seria votado nesta quarta. Ele chegou a apelar para que Beto votasse. “O dinheiro não é do Executivo, está no orçamento do TJ, não é RGA, é um dinheiro previsto, organizado, planejado, é um direito regimental que o senhor tem assim como qualquer desembargador tem em votação”, acrescentou.
Contudo, o presidente Max reiterou que o compromisso feito na semana anterior era de que seria pautado. “Eu avisei que não posso impedir que nenhum dos 24 peçam vista, isso é um instrumento do deputado, você já foi líder, tem a possibilidade de vista. Eu sou escravo do regimento. Garantir que vai aprovar o projeto eu não consigo, precisa de 13 votos, depende da maioria, mas o compromisso foi cumprido”.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.