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SUGESTÃO DO GOVERNADOR 18.01.2025 | 17h00

‘Recuperação não se limita a plantio de árvores’, diz promotora sobre dano em morro

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Divulgação

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Ana Luiza Avila Peterlini de Souza, promotora de Justiça que atua na 15ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá, disse que os danos ambientais causados com as obras do Estado no Morro de Santo Antônio não serão recuperados apenas com plantio de árvores. A fala veio após o governador Mauro Mendes desconsiderar a seriedade da degradação e dizer que “se destruiu lá 10, 20 ou 30 árvores, nós vamos plantar 200 ou 300”.

 

Leia também - ‘Se destruiu 30 árvores, vamos plantar 300’, diz Mauro sobre obras no Morro de Santo Antônio

 

Uma reunião foi realizada na tarde de quinta-feira (16) entre a promotora Ana Peterlini e representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra) para tratar sobre o dano ambiental verificado no morro e buscar soluções.

 

“Existe um procedimento instaurado no Ministério Público que apura, inclusive, as responsabilidades. Então nós estamos fazendo diligências, juntando documentos, ouvindo pessoas para que a gente possa ter, com bastante clareza, os responsáveis”, disse a promotora.

 

A representante do MP também afirmou que a visitação no local está suspenda por, pelo menos, 120 dias, por decisão da Sema. Ao ser questionada sobre a sugestão do governador, de plantar 300 árvores, ela disse que a recuperação não será simples.

 

“A recuperação dali daquela área não se limita a plantio de árvores. Nós temos ali uma movimentação de solo que foi exposto, mexeu com a estrutura do Morro, então eu acho que os técnicos deverão buscar essas soluções para que a gente possa minimizar essas degradações causadas”.

 

Peterlini ainda pontuou que uma ação civil pública já havia sido proposta, exigindo que o Estado tomasse as medidas para implementar, de fato, aquela unidade de conservação. Agora, dentro desta ação, o MP também irá buscar maneiras de “minimizar esses danos que foram causados por uma má execução, mau planejamento de uma trilha”.

 

“[O que nos preocupa] é como recuperar essa degradação que foi causada, porque o morro é um monumento natural, a importância dele está relacionada à paisagem e à história daquele morro. Então o que mais nos preocupa é como recuperar essa degradação que foi causada”, lamentou a promotora.

 

Comentários do governador
Em entrevista nesta semana, ao falar sobre a falta de segurança e degradação ambiental no Morro de Santo Antônio, Mauro Mendes disse que parte do problema de erosão já era esperado, em decorrência das chuvas.

 

“Chove, a água vem e arrasta um pouquinho de terra que está na pista, encontra um caminho para sair, (...). Ali é um morro, aquilo ali é um arenito, não tem perigo nenhum. Como foi feita a estrada de acesso, ficou um pouco de material solto, em cima, na escavação, quando veio a chuva ela carreou aquilo ali, simples assim”, disse.

 

Mauro ainda disse que seu objetivo é levar infraestrutura ao ponto turístico e que a trilha mais difícil será mantida, para quem tenha o desejo de utilizá-la, mas que a que o Governo está construindo será mais acessível. Além disso, afirmou que irá dialogar com o MP para encontrar uma solução em conjunto.

 

“Nós vamos atender o Ministério Público, se destruiu lá 10, 20 ou 30 árvores, nós vamos plantar 200 ou 300, não tem problema nenhum. Ana Peterlini é uma promotora diligente, que cuida do meio ambiente, correta, vamos dialogar com ela e sempre encontramos um denominador comum porque queremos o bem. Queremos fazer, queremos preservar e queremos dotar os nossos locais turísticos de infraestrutura para melhorar o acesso e a utilização pela nossa população”.

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