desavença anterior 15.12.2025 | 19h01

jessica@gazetadigital.com.br
TJMT
Após interrogatório do amigo do policial militar falecido Thiago de Souza Ruiz e de funcionária da conveniência em que a vítima foi morta, o advogado Gilson Tibaldi foi ouvido como testemunha. Ele é amigo do réu, investigador da Polícia Civil Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves, e estava no local no momento do assassinato do PM.
Mário Wilson é réu pelo assassinato de Thiago em uma conveniência, em abril de 2023. O crime teria sido cometido porque o acusado não acreditava que a vítima era militar e estava armado.
Segundo o depoimento de Gilson, ele encontrou Mário na região do CPA e se ofereceu para levá-lo para casa. No caminho, por volta das 3h30, Mário pediu para parar em uma conveniência na avenida Getúlio Vargas para comprar cigarros. Após Mário demorar a voltar, Gilson desceu do carro e o encontrou envolvido em uma breve discussão com Thiago Ruiz.
Apesar da confusão inicial, a situação aparentemente se acalmou. Gilson relatou que, ao perceber a presença de amigos, Mário sugeriu que ficassem para "tomar uma". Eles se sentaram à mesa, onde também estava Thiago, e conversavam sobre assuntos da área policial, com Thiago chegando a exibir uma cicatriz de ferimento de bala. A testemunha afirmou que, nesse momento, "todo mundo [estava] bebendo, conversando e comendo algumas coisas".
O clima mudou quando Mário percebeu que Thiago estava armado. Gilson relatou que Mário disse que chamaria a polícia ao ver a arma. Em seguida, Mário retirou a pistola de Thiago. Nesse ponto, houve uma luta corporal entre os dois, na qual Mário caiu e Thiago caiu por cima dele. Gilson relatou ter ouvido o primeiro disparo enquanto a briga se desenrolava.
Durante a confusão, Gilson afirmou ter pegado uma arma que caiu no chão e a entregou a policiais civis, amigos de ambos, que chegaram e tentaram intervir. A testemunha afirmou ter saído da conveniência após ouvir o primeiro tiro e disse não saber quantos disparos foram feitos. Ele também negou ter visto Thiago correr ou sair baleado do local.
A testemunha Gilson afirmou que Mario e Thiago tinham desavença, mas não houve atrito entre ambos de início. O depoente, que negou ter visto Mário agredir Thiago verbalmente ou apontar a arma para ele, também confirmou que Mário ficou com a arma de Thiago em uma mão e sua própria arma na outra, afirmando que chamaria a Polícia Militar.
Ele contou ainda que os policiais permaneceram dentro da conveniência com Mário e que, em seguida, saiu do local e pediu para irem embora. Ambos entraram no carro e deixaram o local. Segundo o depoente, a ação foi muito rápida e Mário não demonstrou preocupação em verificar se a vítima havia sido ferida por disparos de arma de fogo, aparentando apenas lesões decorrentes da luta corporal.
Gilson relatou que Mário posteriormente, teria ligado para alguém, sem saber informar para quem, e, depois, disse que tinha de ir à delegacia.
Questionado pelos jurados, Gilson negou ter visto Mario atirando nas costas da vítima e que tenham usado drogas naquele dia.
“Acho que é imperceptível. O que eu sei é que eu não usei. Não vi o autor dos disparos nem as testemunhas usando”, disse ao fim de seu depoimento.
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