Testemunhas relembram corpos voando em dia de acidente

(Atualizada às 15h14) Testemunhas relembram terem visto corpos voando no momento do acidente que matou os jovens Ramon Alcides Viveiros e Mylena Lacerda Leôncio e feriu Hya Giroto, em frente à boate Valley Club, em Cuiabá, em 23 de dezembro de 2018.

Os depoimentos foram prestados no início da tarde desta terça-feira (21), na primeira audiência do caso ao longo dos 3 anos do acidente. As oitivas são acompanhadas pela defesa da acusada, a bióloga Rafaela Screnci, familiares das vítimas e promotores do Ministério Público de Mato Grosso. A audiência é conduzida pelo juiz Flávio Miraglia.

Segunda testemunha a depor, o técnico de som Mogar Meirelles afirmou ter visto o acidente de perto, uma vez que estava em um estacionamento próximo à avenida Isaac Póvoas. Ao falar sobre o caso, relembrou ter visto a ré passar pela via em alta velocidade e, em seguida, visualizou os corpos sendo jogados ao ar pelo carro dirigido pela bióloga.

Posteriormente, no depoimento do jovem Eduardo Augusto Souza, a cena do momento do acidente foi relembrada. Em sua fala, a testemunha afirmou ter visto Ramon sendo lançado ao ar.

(Atualizada às 14h22) Sobrevivente do acidente na Valley, em dezembro de 2018, Hya Girotto foi dispensada de falar na primeira audiência sobre o caso, realizada na tarde desta terça-feira (31). O juiz Flávio Miraglia, que julga o caso, sobrestou o depoimento da jovem.

Posteriormente, a defesa da bióloga requereu a manutenção do depoimento de Hya. Contudo, o magistrado determinou que o pedido seja feito por escrito e apresentado em até 5 dias.

Após mais de 3 anos, a primeira audiência sobre o caso do atropelamento de jovens em frente à boate Valley Club, em Cuiabá, é realizada na tarde desta terça-feira (31).

No encontro, participam os familiares das vítimas e a acusada do crime, a bióloga Rafaela Screnci, assim como o Ministério Público de Mato Grosso.

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A data da audiência foi definida inicialmente para o dia 3 de fevereiro. Contudo, foi adiada após o advogado da acusada requerer adiamento por estar infectado pela covid.

Conforme noticiado pela reportagem, os familiares das vítimas aguardam uma resposta legal sobre o atropelamento, que matou os jovens Ramon Alcides Viveiros e Mylena Lacerda Inocêncio, além de ter provocado lesões em Hya Giroto Santos.

O caso

Na data do crime, a bióloga Rafael Screnci dirigia bêbada pela avenida Isaac Póvoas quando os jovens Myllena, Ramon Viveiros e Hya Girotto Santos atravessavam a via.

Todos foram atingidos pelo carro da bióloga e hospitalizados, mas a Mylena morreu ainda a caminho do hospital, enquanto Ramon, que era cantor, faleceu dias depois.  

O caso gerou grande comoção pela proximidade do Natal, por serem 3 jovens e por se tratar de uma saída de festa na qual Ramon era um dos cantores.

Inicialmente, a audiência estava marcada para o dia 3 de fevereiro, mas a defesa da ré apresentou atestado médico de covid e a sessão foi adiada para o dia 31 de maio, às 14h.