Trio é condenado a 73 anos por matar menor com tiros e golpes de facão no Nortão

O trio de faccionados Derick Leonardo Marques Silva, Francinaldo Alves Pereira e Wesley Ribeiro dos Santos foi condenado a penas que somam 73 anos de prisão pelo assassinato da menor Cleuza Juliene Oliveira de Souza. O crime ocorreu em 02 de setembro de 2022, em Sinop (500 km ao Norte) e os réus julgados em júri popular na terça-feira (2).

Conforme informações do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os jurados reconheceram a culpa do trio e juíza estabeleceu a pena considerando os crimes de homicídio qualificado e organização criminosa armada, em concurso material, bem como os agravantes motivo torpe, uso de arma de fogo e condição que não deu chance de defesa à vítima.

O crime ocorreu em 2 de setembro de 2022, na Estrada Leonora, zona rural entre Sinop e Cláudia. A vítima foi atraída sob o pretexto de encontro com integrantes de uma facção criminosa, mas acabou executada por membros da facção rival.

Segundo a denúncia, a menor foi morta com disparos de arma de fogo e golpes de facão. Após a execução, os réus tentaram ocultar o cadáver utilizando lonas, pá e enxada, sendo presos em flagrante durante a tentativa de enterrá-lo. O crime foi filmado por um dos envolvidos, e as imagens foram encontradas em celulares apreendidos.

Segundo a denúncia, a menor foi morta com disparos de arma de fogo e golpes de facão. Após a execução, os réus tentaram ocultar o cadáver utilizando lonas, pá e enxada, sendo presos em flagrante durante a tentativa de enterrá-lo. O crime foi filmado por um dos envolvidos, e as imagens foram encontradas em celulares apreendidos.

“Isso demonstra planejamento, frieza e total desprezo pela dignidade humana. Este crime não atinge apenas a vítima e sua família. Ele espalha medo, fortalece facções e desafia o Estado", ressaltou o promotor Fabison Miranda.

A vítima era estudante e foi morta brutalmente por suspeita de integrar facção rival. O laudo necroscópico apontou 3 disparos de arma de fogo e esgorjamento cervical.

Penas
Derick Leonardo Marques Silva recebeu 13 anos e 9 meses de reclusão pelo homicídio qualificado e 3 anos e 6 meses pelo crime de organização criminosa, totalizando 17 anos e 3 meses. Francinaldo Alves Pereira foi condenado a 28 anos pelo homicídio e 5 anos, 9 meses e 12 dias por organização criminosa, somando 33 anos, 9 meses e 12 dias. Já Wesley Ribeiro dos Santos cumprirá 19 anos e 3 meses pelo homicídio e 3 anos e 6 meses pelo crime de organização criminosa, totalizando 22 anos e 9 meses.

Consta ainda na denúncia, que os três réus possuem vínculo com uma facção criminosa. Francinaldo, chamado Naldo, foi quem desferiu os disparos de arma de fogo contra a vítima, sendo o executor principal com arma de fogo. Ele também teria coordenado parte da ação, inclusive determinando que o corpo fosse enterrado posteriormente.

A juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade determinou a imediata execução provisória das penas, com base na soberania dos veredictos do Júri, fixando o regime inicial fechado para todos os condenados.

Já Derick, conhecido como DK, após os disparos, utilizou um facão para golpear a vítima e cortar seu pescoço, além de participar da gravação do vídeo comemorando a execução. E Wesley, apelidado de Israelense, foi apontado como motorista do veículo usado no crime, que levou a vítima ao local da execução.