manipularam exames 21.07.2025 | 16h12
Reprodução/X/@IFENG__official
Autoridades de saúde e funcionários hospitalares manipularam exames de sangue e dificultaram investigações para encobrir o envenenamento de mais de 250 crianças em um jardim de infância na China.
As informações fazem parte de um relatório de investigação elaborado por uma força-tarefa entre o Partido Comunista e o governo local. O documento foi divulgado no domingo (20), segundo o jornal The New York Times.
O caso veio à tona em novembro de 2024, quando crianças do jardim de infância Peixin, na cidade de Tianshui, no oeste do país, começaram a apresentar níveis elevados de chumbo no sangue.
Segundo a polícia, o diretor da escola orientou a equipe da cozinha a adquirir a tinta, que era rotulada como não comestível. Imagens de câmeras de segurança, exibidas pela mídia estatal chinesa, mostram funcionários misturando o pigmento às massas durante o preparo dos alimentos.
Após as crianças começarem a apresentar sintomas, os cozinheiros tentaram esconder os frascos de tinta, mas os investigadores conseguiram recuperá-los. O relatório do governo chinês aponta que as autoridades alteraram resultados laboratoriais, ignoraram sintomas graves e atrapalharam testes de forma intencional.
O incidente foi causado pela adição de uma tinta comprada pela internet para “melhorar a aparência” de bolos de tâmara vermelha cozidos no vapor e pães de milho recheados com salsicha servidos na merenda escolar.
Testes laboratoriais revelaram níveis alarmantes de chumbo nos alimentos: 1.052 mg/kg no bolo e 1.340 mg/kg no pão, valores até 2.000 vezes acima do limite de segurança de 0,5 mg/kg estabelecido pelas autoridades de saúde da China.
O relatório diz que a escola funcionava sem licença, recebia presentes ilegais de um investidor privado e passava por inspeções de segurança alimentar superficiais. O documento também diz que amostras de sangue foram deixadas em repouso por horas ou agitadas para alterar os resultados.
Das 251 crianças avaliadas, 247 testaram positivo para contaminação por chumbo, assim como 28 dos 34 professores da escola. Até o último domingo, 234 crianças estavam internadas para acompanhamento médico, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
De acordo com a rede britânica BBC, oito pessoas – a diretora, seis funcionários da cozinha e o principal investidor da escola – foram presas. Outras 17, como diretores hospitalares e servidores da secretaria municipal de educação e da comissão provincial de saúde, estão sob investigação.
O chumbo é uma substância tóxica que pode causar sérios problemas de saúde, especialmente em crianças, afetando o desenvolvimento do cérebro, do sistema nervoso e de órgãos como fígado e rins.
A contaminação alimentar, como no caso de Tianshui, é particularmente grave, pois a ingestão direta de alimentos com altos níveis de chumbo pode levar a sintomas imediatos e complicações a longo prazo.
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