fim do hábito 10.01.2024 | 08h49
Reprodução/ Freepik
O Parlamento da Coreia do Sul aprovou ontem uma lei histórica que proíbe a indústria de carne de cachorro, que está em declínio em razão da pressão pelo fim do hábito alimentar e da preocupação com a imagem internacional do país.
Criadores de cães disseram que entrarão com uma apelação constitucional e lançarão protestos, o que indica que o debate acalorado sobre a proibição está longe de terminar.
Leia também - 2023 foi o ano mais quente da história do planeta, afirma observatório europeu
O consumo de carne de cachorro, uma prática secular na península coreana, não é explicitamente proibido nem legalizado na Coreia do Sul. Pesquisas recentes mostram que mais pessoas querem a proibição e a maioria dos sul-coreanos não come mais carne de cachorro.
Mas as pesquisas também indicam que um em cada três sul-coreanos ainda se opõe à proibição, mesmo não comendo carne de cachorro.
Ontem, a Assembleia Nacional aprovou o projeto de lei por 208 a 0. O governo do presidente, Yoon Suk-yeol, apoia a proibição. Portanto, as etapas subsequentes são consideradas mera formalidade.
"Esta lei pretende contribuir para os direitos dos animais", diz o texto que torna o abate, a criação, o comércio e a venda de carne de cachorro para consumo humano ilegais a partir de 2027 e puniria esses atos com 2 a 3 anos de prisão - embora não estipule penalidades para o consumo de carne de cachorro.
Incentivos
O projeto ofereceria assistência aos fazendeiros e outras pessoas do setor para fecharem seus negócios ou adotarem alternativas. Segundo o projeto de lei, os detalhes da proibição seriam elaborados entre funcionários do governo, fazendeiros, especialistas e ativistas dos direitos dos animais.
A Humane Society International (HSI) chamou a aprovação da lei de "histórica". "Nunca pensei que veria em minha vida a proibição da cruel indústria de carne de cachorro na Coreia do Sul, mas essa vitória histórica para os animais é uma prova da paixão e determinação do nosso movimento de proteção animal", disse Jung Ah-chae, diretor do escritório da HSI na Coreia.
A legislação deixou os fazendeiros furiosos. "Trata-se de uma clara violência do Estado, pois estão infligindo a liberdade de opção profissional. Não podemos ficar parados", disse Son Won-hak, agricultor e líder de uma associação de produtores.
Son disse que os criadores de cães entrarão com uma petição no tribunal constitucional e farão passeatas. Ele disse que os agricultores se reunirão para discutir outras medidas futuras.
Não há dados oficiais confiáveis sobre o tamanho exato do setor de carne de cachorro da Coreia do Sul. Ativistas e fazendeiros afirmam que centenas de milhares de cães são abatidos para consumo todos os anos no país.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.