11.12.2014 | 00h00
Uma reflexão está tomando conta dos meus pensamentos, fazendo com que venham à tona fortemente dois termos: mérito e demérito. O primeiro é muito almejado, porque se relaciona à recompensa que alguém pode ter por uma obra, ação, atitudes e comportamentos dignos de elogios. Até palavras bastariam para se expressar o apreço. Ser bom em alguma coisa merece mérito. Já o segundo ninguém gosta de aceitar por representar o desmerecimento.
O mérito é muito interessante, mas não assegura que o que se apresenta como elogio seja verdadeiro. Isso porque, tenho vivenciado que muitos méritos são outorgados e de uma hora para outra, pode a mesma pessoa que o deu, dar também o demérito via decisão totalmente pessoal. Em muitos casos, basta apenas um ato que desagrade para se retirar a recompensa. O que era de interesse passa a ser desinteresse, sem valor na ordem do dia.
Acredito que pior do que fazer algo grandioso e ninguém notar, é tornar o que você fez medíocre por jogos de interesses, após ter sido você enaltecido. Quer algo mais desestimulante que isso?
‘O espírito de intriga inculca demérito nos intrigantes‘, disse o político Mariano José Pereira da Fonseca, que se popularizou, no Rio de Janeiro, no século XVIII com o pseudônimo de Marquês de Maricá. Isso tem um princípio muito ativo de verdade.
Se o mérito está associado à recompensa, o demérito se relaciona a não se reconhecer. Sua aplicação é ultrajante quando se esquece algo de muito positivo e edificante que se fez no passado, atribuindo-se uma posição notória de demérito.
Não são raras as vezes que por se ter alcançado mérito, a pessoa recebe não só um certificado, mas outras formas de agradecimentos que tornam-se tangíveis através, por exemplo, de uma cesta com flores, vinho e bombons, acompanhados de cartão. Quando vem o demérito se recebe a ‘cesta da ingratidão‘, que pode vir até mesmo acompanhada de críticas ácidas e de palavras que enxovalham o nome daquele a quem já se expressou publicamente estima e reconhecimentos por seus grandes feitos.
Muitos insistem em tornar a vida mediana ou feita somente de benesses pelo esforço subtraído do outro, que já foi aplaudido por ter resolvido problemas que muitas vezes seriam limitantes para se avançar. Ocorre, entretanto, que muitas vezes quando se avança, se esquece no caminho a pessoa que ajudou a dar os primeiros passos, ou aqueles que seriam os próprios responsáveis pelos passos importantes para a conquista. Que seja honrado o mérito, por uma simples questão de respeito.
Pedro Nadaf, é secretário-chefe da Casa Civil e presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso-Fecomércio/Sesc e Senac
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