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operação sepulcro caiado 30.07.2025 | 18h55

Ação exclui magistrados e fará 'pente-fino' em processos

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Silvano Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

Anny Duarte / GD

Anny Duarte / GD

O delegado Pablo Cabral, responsável pelas investigações que resultaram na Operação Sepulcro Caiado, deflagrada na manhã desta quarta-feira (30), afirmou que não existem indícios da participação de magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) no esquema que desviou mais de R$ 20 milhões da conta única do Judiciário mato-grossense. Ao todo, 10 pessoas foram presas por integrar o esquema de fraudes e uma está foragida.

 

Os alvos presos na operação foram: Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa França Praeiro Vasconcelos Moraes, João Gustavo Ricci Volpato, Luiza Rios Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, Rodrigo Moreira Marinho, Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto, Mauro Ferreira Filho e Denise Alonso.

 

Leia também - Organograma mostra função de cada envolvido em desvio do TJ

 

Segundo apurado, os investigados identificavam pessoas com contas bloqueadas e incluíam seus escritórios como representantes legais das vítimas, sem consentimento. Ao inserir dados de confissão de dívida e depois quitação desta, colocavam valor maior do que o originalmente devido. Assim, se o valor bloqueado na Conta Única para pagar a pendência era de R$ 1 mil, os criminosos colocavam que era R$ 10 mil. Assim, com falso comprovante de quitação, o dinheiro era liberado no valor de R$ 10 mil, que era embolsado pelo grupo, sem que a vítima soubesse da fraude.

 

Conforme o delegado responsável, na próxima fase da operação será feito um "pente-fino" em processos dos últimos anos, especialmente ao servidor do TJ apontado como um dos principais articuladores do esquema criminoso.

 

"Nós vamos agora aprofundar, em parceria com o pessoal que faz a gestão da conta única, fazer um pente-fino nos últimos anos de todos os processos que esse servidor [foragido] e eventualmente outros servidores possam ser identificados, tiveram alguma movimentação ali, para gente chegar no quantitativo final e ter certeza quais processos são frutos de uma eventual fraude", explicou Pablo Cabral.

 

A operação foi divida em mandados em Cuiabá, Várzea Grande e Marília, cidade paulista, onde dois advogados foram presos. O delegado ainda confirmou que todos os detidos passarão por audiência de custódia ainda nesta quarta-feira.

 

Os alvos presos em Marília residem em Cuiabá, mas estavam de férias em São Paulo. Foram realizados mandados de busca e apreensão nas residências dos advogados tanto na cidade paulista quanto na capital mato-grossense.

 

"Esses alvos estavam em viagem de férias para a cidade natal deles, Marília. Conseguimos o contato muito rápido com o pessoal de São Paulo, [que] nos deu apoio, e conseguimos cumprir a busca e a prisão desses dois alvos", completou o delegado.

 

A operação
Os indícios apontam para um esquema criminoso centralizado em João Gustavo Ricci Volpato, com envolvimento direto de familiares, empresas e pelo menos 6 advogados: Régis Poderoso de Souza, Wagner Vasconcelos de Moraes, Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, Themis Lessa da Silva, João Miguel da Costa Neto e Rodrigo Moreira Marinho. O servidor Mauro Martins Sanches Junior, do TJMT, também é citado como colaborador direto nas fraudes.

 

Os suspeitos usavam documentos forjados e o acesso privilegiado ao sistema do Judiciário para simular quitações de dívidas e movimentações processuais fraudulentas. A estratégia se sustentava na aparência de legalidade, dando credibilidade a ações que geraram os prejuízos milionários. Ao todo, R$ 20 milhões foram desviados da Conta Única.

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