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DEU EM A GAZETA 13.05.2025 | 06h43

Acusada de mandar matar Nery recua após sinalizar ‘revelações’

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Investigação complexa envolvendo a execução do advogado Renato Gomes Nery, 72, completa 10 meses e a expectativa estava no depoimento da empresária do ramo joalheiro, Julinere Goulart Bastos, previsto para esta terça-feira (13), na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que foi desmarcado sob a alegação de problemas psicológicos.

 

Investigada como uma das mandantes do crime, ela está presa preventivamente desde a última sexta-feira, junto com o marido, o empresário do agronegócio Cesar Jorge Sechi. Cesar, desde o início, nega qualquer envolvimento na morte de Nery e se manteve calado. Julinere teria acenado que iria fazer novas revelações importantes sobre a morte do advogado, ocorrida em 6 de julho de 2024, depois de ser alvejado na cabeça ao chegar ao escritório em que trabalhava, em Cuiabá, mas recuou.

 

Os delegados Caio Albuquerque e Bruno Abreu revelaram os desdobramentos sobre a investigação, desde as primeiras horas do atentado que ocorreu na manhã do dia 5. Desde o rastreio do pistoleiro contratado até a implantação da pistola glock, adulterada, em outra ocorrência policial, com a tentativa de atribuir a autoria do crime para terceiros. Muitos detalhes sobre a empreitada, que inicialmente teria custado R$ 200 mil, foram repassados à Polícia Civil pelo policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que passou a pistola para o Alex Roberto de Queiroz Silva, amigo dele.

 

Revelações de Heron apontam que cerca de dois meses antes do crime, a vítima passou a ser monitorada e, um dia antes da execução, imagens de câmeras de segurança mostraram Alex diante do escritório da vítima, no mesmo ponto em que estava no dia dos disparos. Após o crime, foram 72 horas de investigação ininterrupta que, pela análise das câmeras de segurança, levantaram o percurso de Alex, em fuga em sua moto sem placas por cerca de 30 quilômetros, até a região do Capão Grande, na chácara alugada por Heron no dia 17 de abril, já dentro do planejamento do crime.

 

Investigação analisou cerca de 180 páginas de conversas extraídas do celular de Nery, que convergiram para uma única motivação do crime: um conflito em uma ação sobre a posse de uma fazenda, relacionada ao espólio da família de Cesar Sechi. Na ação, Nery recebeu como pagamento cerca de 2,7 hectares da área. Além de formalizar junto à OAB denúncia relacionada ao conflito agrário, fato que levou ao judiciário, o advogado também confidenciou a um amigo que sofreu ameaças de morte em decorrência da ação.

 

6 envolvidos já foram indiciados

 

Investigações relacionadas ao assassinato de Renato Nery já resultaram em 10 prisões e indiciamento de seis investigados. O pistoleiro Alex Roberto de Queiroz, apontado como o autor dos disparos, e o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, intermediador do crime, que entregou a arma ao assassino e recebeu R$ 200 mil, foram indiciados por homicídio duplamente qualificado. Outro inquérito envolve quatro policiais militares da Rotam que, cinco dias depois da morte de Nery, simularam uma situação de confronto policial com um morto e dois feridos.

 

Na ocasião, implantaram a arma usada para matar Nery, alegando pertencer aos dois menores e um adulto envolvidos na ação. Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Leonardo de Oliveira Penha, Jorge Rodrigo Martins e Wekerlley Benevides de Oliveira respondem pelo homicídio, duas tentativas e por fraude processual, por tentarem encobrir crime anterior atribuindo a propriedade da arma a outra pessoa.

 

Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta

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