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'negada suja' 12.10.2024 | 10h29

Ex-funcionário é preso por racismo no trabalho; 'pavor de negro'

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João Vieira

João Vieira

Um ex-motorista de frigorífico foi preso na tarde de sexta-feira (11) por injúria racial e racismo contra a colega de trabalho. Em áudio, ele afirma que é racista e que tem “pavor de negro”. A vítima denúncias dois episódios criminosos durante o mês de outubro e o homem foi detido.


Segundo informações da Polícia Civil, a vítima contou que o acusado não era mais trabalhador da empresa, mas, antes de deixar o local, havia encaminhados áudios com conteúdo racista por aplicativo de mensagens, nos dias 3 e 11 de outubro.
Nas gravações, ele diz que "Colocaram uma negra suja lá. Eu tenho pavor de preto". “Vocês são acostumados a mentir para os maranhenses, paraenses e para a negada suja que vem lá de não sei onde". "Não quero essa negrada suja aí. Não gosto de negro, sou racista".


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Além das expressões de ódio racial, o motorista ainda fez ofensas de natureza racial sexual: "Negra para mim tem que ser bonita. Negras assim, de cabelo atadinho e sem dentes, eu tenho até nojo. Eu vomito".


A delegada Jéssica Assis explica que além de ofender a honra da vítima, o suspeito ainda incitou ódio genérico em razão de raça, por isso foi autuado em dois crimes distintos.


A vítima procurou a Delegacia da Polícia Civil de Sorriso no final da tarde de sexta-feira e narrou que o ex-empregado foi ao frigorífico neste 11 de outubro para fazer a rescisão trabalhista que estava agendada e foi atendido por ela, que trabalha no setor de recursos humanos. Ao sair da empresa, o ex-funcionário rasgou os papeis e depois enviou áudios para outro trabalhador da empresa com as ofensas racistas sobre a funcionária.


Após a denúncia dos fatos, foram realizadas diligências na residência do suspeito, onde ele foi localizado e recebeu voz de prisão em flagrante pelos crimes.


A Polícia Civil encaminhou representação ao Poder Judiciário pela conversão do flagrante em prisão preventiva do motorista.

 


Outras ofensas
No dia 3 de outubro, o mesmo suspeito de racismo ofendeu outros funcionários do frigorífico onde trabalhava. O supervisor de segurança da empresa relatou que ex-motorista estava alterado, falando alto e ofendendo funcionários do setor da logística da empresa, dizendo que eram incompetentes. O suspeito ainda tentou agredir o comunicante e os funcionários no local, tentou entrar à força na sala do setor e arremessou seu celular no chão. Pela intransigência em dialogar, o supervisor o orientou que retornasse no dia seguinte à empresa.


Enquanto o suspeito estava na empresa, confessou ser racista, se referindo as mulheres que trabalham no frigorífico como negras sujas e cabelo de bombril.

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