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ajudava na partilha dos bens 16.07.2025 | 15h10

Ex-mulher admite romance com vítima e relata que ex-marido tinha arma e era agressivo

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Ana Júlia Pereira

redacao@gazetadigital.com.br

Reprodução

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A ex-esposa do empresário Idirley Alves Pacheco, 40, preso pelo assassinato do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Everton Pereira Fagundes da Conceição, 46, detalhou em depoimento o dia do crime e garantiu que o acusado não sabia de seu envolvimento amoroso com a vítima. Ela ao delegado Caio Albuquerque que a arma usava para matar o ex-atleta era de uso pessoal do ex-marido. O relato confronta a versão do suspeito, pois alegou que a arma era de Everton. 


Em entrevista ao Cadeia Neles, o delegado contou que a mulher precisou ser ouvida novamente e contou que Boi se ofereceu para ajudar na partilha de bens diante do fim do casamento. Contudo, nos últimos dias a relação se tornou mais íntima.  


“Segundo ela, há cerca de um mês que a vítima aparece no círculo familiar. Depois ele se dispõe a auxiliar na separação do casal, porém nos últimos dias, eles estavam em um relacionamento mais íntimo. Ela conta também que, pelo que ela

percebeu, o ex-marido não sabia desse vínculo, já que ela estava esperando resolver sua situação com o ex-marido”, relatou o delegado responsável pelo caso.

 

Leia também - Preso diz que desconfiava de trama de ex-jogador e mulher para ficar com seus bens


Durante seu depoimento, ela detalhou que vivia em um relacionamento opressor desde os primeiros meses de casamento com o empresário. Ele não permitia que ela trabalhasse ou estudasse. “Mesmo assim ela dá seguimento na relação, mas depois afirma que não estava mais resistindo e decidiu por fim ao casamento, e o avisa sobre sua decisão”, disse o delegado ao programa.


Alguns dias depois, ela recebeu a ligação do ex-marido. No telefonema ele dizia que havia sido roubado e abandonado em um local ermo, mas ela não foi até lá, pois temia ser uma emboscada.


“Ela disse que mandou a polícia, apresentou as ligações que fez e pediu para que um familiar fosse ao local. Ela fala que não tinha nenhum sinal de lesão nele e que não foi levado quase nenhum pertence. Inclusive, que o mesmo não havia feito boletim de ocorrência. Neste mesmo dia ela vai à Delegacia da Mulher e pede uma medida protetiva”, explicou.


Em relação à arma, a testemunha contou que a vítima já havia combinado com o acusado de levar a caminhonete prata para uma espécia de esconderijo. Eles se encontram na casa da mãe da mulher, onde estavam uma Amarok prata e uma branca e assim que a vítima chega, assume a direção da caminhonete prata.


“Ela detalha que o acusado senta ao lado de Everton na Amarok prata, mas, depois de alguns metros, há uma freada brusca. O ex-marido dela sai do carro, pega as coisas da filha do casal e leva para a Amarok branca. Quando ele está nessa segunda Amarok, do lado da ex-esposa, ela vê ele erguendo a camisa e sacando uma arma de fogo. Na sequência, ele volta para o carro em que estava a vítima, entra no banco de trás e já aponta a arma para a cabeça dele”, detalhou.


Depois disso, ela escuta a vítima gritar pedindo que ele não fizesse besteira e o veículo arranca em alta velocidade.


“A mulher conta que a arma era de uso pessoal de Idirley. Uma arma que ele utilizava para realizar disparos em uma área rural. Com isso a gente prova que ele fazia uso dessa arma de fogo”, finalizou o policial.


A investigação segue e mais pessoas devem ser ouvidas. Outras diligências serão realizadas até a conclusão do inquérito.

 

Em depoimento, o empresário preso negou o crime passional e disse que matou por temer que a vítima e a ex ficassem com seus bens. Também disse que estava sendo extorquido pelo ex-jogador.

 

O caso

Conforme as investigações iniciais, Idirley armou a emboscada para executar o ex-jogador a tiros, dentro da caminhonete, na altura do posto Bom Clima, na avenida Dr. Hélio Ribeiro, no Residencial Paiaguás, em Cuiabá. Após desferir pelo menos 5 disparos contra a vítima, que conduzia a caminhonete Amarok do assassino, ele fugiu.


Baleada, a vítima perdeu o controle da direção, bateu em outro veículo e morreu ainda na caminhonete. Inicialmente, as investigações apontaram que o crime teria sido motivado por ciúmes do assassino em relação à ex-companheira, que estaria mantendo um relacionamento com a vítima.


Os 3 fazem parte do mesmo círculo de amizade e Everton inclusive estaria tentando apaziguar a situação entre o casal, já que a ex-mulher do assassino já teria pedido medidas protetivas contra ele por ameaças.


Na data do crime, Idirley atraiu o jogador pedindo que fizesse um favor a ele, para levar a caminhonete até um local específico. Embarcou com ele no veículo e em dado momento passou para o banco de trás, anunciando o suposto sequestro, que terminou em homicídio. 

 

 

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