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mutilações e humilhações 27.05.2025 | 11h50

Líder de grupo criminosos sofria bullying na vida real; online se 'sentia poderoso'

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João Vieira

João Vieira

Um dos líderes do grupo que incitava automutilação, suicídio e outras práticas humilhantes na internet, adolescente de 15 anos e morador de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), é introspectivo e vítima de bullying na escola. Já online, afirma que se "sente poderoso". Essa é a terceira vez que ele é alvo de operação pelas mesmas práticas criminosas e, por isso, teve mandado de internação cumprido pela Polícia Civil.

 

“Ficaram todos surpresos. Na primeira fase ele morava com os avós, que ficaram completamente surpresos. É um menino introspectivo, né? Pelo que a gente apurou, na escola sofria bullying”, disse o delegado Gustavo Godoy, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI).

 

Na primeira fase da operação Mãos de Ferro, deflagrada em agosto de 2024, ‘líder’ contou que “no mundo real” ele era vítima de humilhações e que não tinha amigo. “Ninguém gosta de mim, eu não me relaciono bem com ninguém”, disse ele ao delegado. Porém, contou que na internet, por trás do celular, usando outro nome, ele era “a pessoa que tem poder”.

 

Para o delegado, talvez seja essa explicação, tem essa ambição do poder, que não tem na vida real e consegue atuar no mundo digital de uma forma completamente diferente. A polícia apura que o grupo vinha atuando há pelo menos um ano e meio, fazendo vítimas em todo o país.

 

Leia também - Alvo de operação tem mutilações no corpo; ela também é vítima do grupo

 

Foi descoberto ainda que ele abriu uma conta bancária com dados falsos, usando o nome de uma mulher. “E com base nessa conta, vendia conteúdos de pedofilia, de imagens vazadas dessas vítimas e recebia o dinheiro nessa conta”, disse.

 

O líder ganhava a confiança das vítimas, que conhecia online, trocavam “nudes” e, com base nisso, ele começava a extorquir as adolescentes. “Ele dizia que se elas não fizessem o que ele queria, ia divulgar as fotos para a mãe, para o pai, elas eram acuadas e coagidas a fazer esse tipo de conteúdo, se cortar, tomar água da privada e outros”, disse.

 

Godoy relembra ainda que, além do episódio que a jovem pega água da priva e beber, o grupo a fazia comer pedaços de papel que estavam escritos os nomes dos membros do grupo.

 

O delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, ressaltou a importância da continuidade e do aprofundamento das ações repressivas contra este tipo de criminalidade.    

 

“A atuação integrada entre os estados e o Governo Federal tem sido fundamental para identificar e neutralizar redes criminosas que operam no ambiente digital, aliciando vítimas vulneráveis. Essa operação representa mais um avanço no enfrentamento de crimes cibernéticos, reforçando nosso compromisso com a proteção da infância e juventude e com a responsabilização daqueles que atentam contra direitos fundamentais por trás da aparente impunidade da internet”.  

 

A operação ocorreu de forma simultânea em 12 estados brasileiros, com a participação das Polícias Civis do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo. Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa.  

 

As ações estão concentradas nos municípios de Manaus e Uruçará (AM); Mairi (BA); Fortaleza e Itaitinga (CE); Serra (ES); Sete Lagoas e Caeté (MG); Sinop e Rondonópolis (MT); Aquidauana (MS); Marabá, Barcarena, Canaã dos Carajás e Ananindeua (PA); Oeiras (PI); Lajeado (RS); São Domingos (SE); São Paulo, Guarulhos, Porto Feliz, Itu, Santa Isabel e Altair (SP).

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