assassinato de gatos 17.06.2025 | 14h52
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
Namorado da estudante Larissa Karolina Silva Moreira, 28, presa em flagrante na última sexta-feira (13) acusada de maus-tratos contra animais, em Cuiabá, declarou já ter sido agredido por ela. Ele afirmou às autoridades policiais que somente intermediava a adoção dos bichos para a jovem, pois temia sua reação. De acordo com o rapaz, Larissa é conhecida por temperamento agressivo.
Em depoimento prestado à polícia, o namorado da jovem declarou que mantém relacionamento amoroso com a investigada há aproximadamente 6 anos, mas não mora com ela. Segundo o rapaz, em janeiro de 2025, Larissa passou a solicitar que adotasse gatos em seu nome.
Conforme o rapaz, só atendeu aos pedidos por “temer eventuais agressões físicas, uma vez que já teria sido lesionado anteriormente por ela com um secador de cabelo, deixando-lhe cicatriz nas costas”, como consta nos autos do processo.
O depoente revelou que adotou 4 gatos desde o começo do ano, em diferentes ONGs e plataformas, incluindo site de compra e venda e rede social.
Ele contou que, no dia 31 de maio deste ano, foi chamado por Larissa à casa dela e ao chegar no local encontrou o chão manchado de sangue e um cabo de vassoura de metal torto. Questionada, ela justificou que as marcas eram em função de um arranhão causado por um dos gatos, que a atacou no momento em que era medicado. A acusada detalhou ainda que o referido gato, de nome Nescau e pelagem cinza, “não estava mais ali”.
Em 8 de junho, por meio de ligação, ele a questionou se havia matado outro animal, mas não obteve resposta. Ao chegar ao local, deparou-se com manchas de sangue no chão. Desta vez, Larissa de fato admitiu ter matado o felino sob a justificativa de que “o animal a havia arranhado”, contudo, sem indicar o destino dado ao corpo.
No entanto, o rapaz suspeitava que ela teria feito o descarte dos corpos dos animais em uma área de mata, atrás do prédio em que residia, onde as autoridades policiais de fato encontraram os restos morais no local indicado dias depois. Na véspera da prisão da suspeita, o namorado mostrou o endereço do "cemitério de gatos".
Ainda conforme ele, Larissa tinha o hábito de manter contato com os protetores de quem adotava os bichos. No entanto, com o passar dos dias simplesmente dizia que os animais haviam sumido e os bloqueava nas redes sociais.
Em relação ao sumiço dos animais, sempre respondia com justificativas distintas: sobre um gato branco que havia adotado, Larissa teria dito que o animal morreu envenenado. Sobre um gato preto e amarelo, Larissa apenas disse que morreu. Já o gato frajola teria fugido. Havia ainda um cachorro preto que Larissa teria enviado foto ao rapaz, filhote que foi encontrado no dia da ação policial e resgatado pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema).
Embora tenha sido solto por falta de evidências concretas, o rapaz deve ser investigado quanto à eventual cumplicidade ou omissão dolosa, já que entregava os animais a ela, mesmo diante de sinais de comportamento agressivo e histórico de violência doméstica.
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