'Serial killer' da UFMT é indiciado pela Polícia Civil por estupro e feminicídio

Reyvan da Silva Carvalho, identificado como o autor do estupro e morte de duas mulheres em Cuiabá, além de outros crimes sexuais, foi indiciado pela Polícia Civil nesta terça-feira (23) pelo estupro e morte de de Solange Aparecida Sobrinho, 52, encontrada morta no campus da UFMT, no dia 24 de julho deste ano. Ele está preso preventivamente desde o dia 29 de agosto.

O inquérito sobre o caso foi concluído pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP) de Cuiabá e agora será remetido ao Ministério Público. Caso o MP considere que as provas e elementos de materialidade e autoria sejam suficientes, a denúncia será oferecida à Justiça. Caso aceita a denúncia, o indiciado passa a ser réu e inicia-se o processo judicial. Contudo, o órgão pode entender pelo arquivamento do caso diante de falta de evidências ou indícios suficientes ou até mesmo solicitar novas diligências caso entenda necessário.

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Conforme noticiou o , o corpo de Solange estava na sede da antiga associação Master, próximo da avenida Arquimedes Pereira Lima, área aberta e utilizada como ponto de encontro para usuários de drogas. A vítima vestia apenas um sutiã e apresentava marcas de esganadura no pescoço.

Um vídeo de câmera de segurança gravado um dia antes, mostra Solange próxima ao Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), da Universidade Federal. Por volta das 15h20, a vítima passa em frente ao prédio do ICHS com uma camiseta vermelha, um lenço na cabeça e uma bolsa.

Laudo da Politec apontou que o DNA masculino no corpo de Solange e em uma bituca de cigarro que foi encontrada no local do crime era compatível com o perfil genético de Reyvan. Exames realizados nas outras vítimas de estupro e feminicídio ocorridos em diferentes anos identificaram ele como sendo o mesmo homem que estuprou e matou Solange.

Outros crimes

Em 10 de novembro de 2022, o acusado foi preso por estupro na região do Jardim Leblon. Uma denúncia anônima foi feita por uma pessoa com informação de que, da sacada do seu apartamento, viu um indivíduo agredindo uma mulher e que mantinha relação sexual com ela. O crime ocorreu atrás da UPA em construção no bairro.

Ao chegar no local, a equipe da polícia se deparou com os dois e viram que a vítima estava em estado de choque, assustada, e narrou que havia acabado de conhecer o suspeito. Também narrou que há dois dias havia tido uma recaída com uso de entorpecentes e foi convidada por ele para fazer uso de drogas. No local, ela a puxou pelo cabelo, jogou no chão, agrediu e a estuprou.

Já em 25 de julho de 2021, no Tijucal, estuprou uma mulher de 33 anos. Durante ronda, a polícia se deparou com a vítima. Ela narrou que havia sido estuprada por Reyvan ao pedir uma informação na rua. Ele a levou para um terreno baldio, enforcou, jogou no mato e a obrigou a manter relações sexuais, causando lesões nos joelhos, pescoço, ombros. Ela se desvencilhou do suspeito e correu em direção da rua, onde pediu socorro a populares e ele foi preso. Na época, a vítima estava grávida de aproximadamente 6 meses.

Em 19 de junho de 2021 ele foi preso como principal suspeito de ter matado Marinalva Soares da Silva, 39, em 27 de dezembro de 2020. O corpo da vítima foi encontrado nos fundos de uma churrascaria, no Parque Ohara, sem roupa e com lesões na cabeça. Ela era usuária de drogas e fazia programas sexuais para sustentar o vício.

Em 9 de julho de 2020, também no Tijucal, tentou estuprar uma mãe de 37 anos e sua filha de 14. Na época elas foram atacadas e ameaçadas com uma faca por ele, mas conseguiram fugir. Ele foi preso em um matagal.