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alega uso político 26.08.2025 | 18h12

Acusada de expor menor, vereadora relata falta de atenção com menor abusada; 'alguém perguntou como ela está?'

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Silvano Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

Fred Moraes/GD

Fred Moraes/GD

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) se defendeu, nesta terça-feira (26), das acusações de exposição de menor, em audiência na semana passada. Na sessão que tratava de violência sexual, uma adolescente usou a tribuna para narrar os abusos sofridos por parte de familiares.“Eu não sabia a idade dela, me surpreendi”, disse a parlamentar. A eleita também acusou uso político da situação para atacá-la e ausência e amparo à jovem abusa e usava pelo pai para o tráfico e outros crimes. "Deveriam querer saber como ela vive, como ela come, como ela sustenta a filha dela. Ela está bem, não me usem para atingir uma jovem”, refutou.

 

Na última semana, durante uma audiência na Câmara, presidida por Maysa, para debater a violência contra mulheres e crianças, uma adolescente de 16 anos falou sobre os abusos sexuais cometidos pelo pai, tio e padrasto contra ela, desde que a menor tinha 5 anos. O relato foi transmitido ao vivo no canal da Casa de Leis no YouTube e gerou polêmica pela exposição da menor. Posteriormente, o vídeo foi excluído.

 

Leia também - Vereador defende Maysa da acusação de expor adolescente

 

Mesmo surpresa com a idade da jovem, Maysa disse que optou por deixar o discurso da adolescente, que só revelou a idade quando subiu no púlpito, continuar, pois, segundo a vereadora, seria uma nova forma de violência interromper o desabado. A parlamentar explicou que a jovem estava acompanhada pela psicóloga e assistente social.

 

“Eles [crianças e adolescentes] precisam ser ouvidos. Interrompê-la no meio da fala seria uma violência da minha parte. [Eu] permiti que ela fizesse a fala, a abracei, a acolhi e perguntei se ela queria ir embora. Ela estava feliz porque pela primeira vez foi ouvida”, justificou a vereadora.

 

Para Maysa, o problema do caso não estava no relato em si, mas sim na repercussão e na exposição da imagem da garota na internet.

 

“Compartilhar isso pelo WhatsApp e publicar nas redes sociais, isso sim é revitimizar, isso, sim, é crime. Ela falar num ambiente seguro, numa Câmara de Vereadores, numa audiência, respaldada pela sua psicóloga e por assistente social, com autorização do seu representante legal, não é crime”, argumentou.

 

A vereadora explicou que é incomum, em audiências, a solicitação do documento de quem pede para falar e ainda criticou a falta de mecanismos públicos para acolher vítimas de abusos. A adolescente de 16 anos é acompanhada pela ONG Lírios, que fornece, há 11 anos, atendimento psicológico e social a mulheres.

 

'Ninguém se preocupou com a vítima'

Maysa Leão se irritou com a repercussão do caso que, segundo ela, se tornou uma desculpa política para atacá-la. Ela afirmou que, em nenhum momento, a preocupação se voltou para a vítima.

 

“A sociedade devia estar se perguntando se algum dos agressores tem acesso a ela, como ela vive, como ela come, como ela sustenta a filha dela. Ela está bem, não me usem para atingir uma jovem”, esbravejou.

 

A vereadora alegou que ninguém a procurou para saber como a adolescente estava psicologicamente e se ela corria algum risco.

 

“Ela está bem. Ela contou aqui na Câmara que foi estuprada pelo padrasto, pelo tio e pelo pai, e que esse pai tirou ela da mãe para cuidar dela e dopou ela e a usou para vender drogas e várias outras coisas. Qual a preocupação da sociedade em relação à adolescente que teve coragem de subir no púlpito e pedir socorro?”, contestou.

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Comentários

dito do porto - 27/08/2025

A SENHORA ESTA BEM DE ACESSORES NÉ? NÃO PERGUNTAR A IDADE DA CRIANÇA A ESPONDO AO RIDICULO!!!

João Leite - 27/08/2025

Essa vereadora é insuportável.....se não fosse com ela, ela estaria com todo ataque mirado para a situação. Como é com ela, tem um momte de desculpas....essa de perseguição política é o cúmulo de quem se acha.....ah, sai fora....

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