prefeitura vai avaliar 05.06.2025 | 12h09
allan@gazetadigital.com.br
Allan Mesquita
Após momentos de tensão, lágrimas e olhares carregados de incerteza, ambulantes que atuavam na rua 13 de Junho caminham para um acordo com a Prefeitura de Cuiabá, nesta quinta-feira (5). Em meio à operação de desocupação das calçadas, os trabalhadores apresentaram ao prefeito Abilio Brunini (PL) sugestões de novos espaços na região central onde pudessem continuar exercendo suas atividades, na tentativa de evitar o apagamento de seus meios de sustento.
Entre as alternativas sugeridas pelos trabalhadores estão o calçadão da Rua Antônio João, a praça na entrada do Beco do Candeeiro e o trecho desativado onde funcionava a loja Olímpica Esportes.
Horas antes, na praça Ipiranga, dezenas de ambulantes se reuniram à espera do prefeito, muitos com faixas em mãos e expressões carregadas de angústia. Antes mesmo das 7h, a região central da capital foi tomada por agentes da Secretaria de Ordem Pública e policiais militares, encarregados de garantir o cumprimento da ordem de retirada.
Quando Abilio chegou, foi cercado pelos trabalhadores, que fizeram uma série de questionamentos e apresentaram alternativas de locais para continuar trabalhando. O gestor ouviu as demandas, subiu na mureta da praça e falou diretamente aos comerciantes. “Nosso objetivo não é fazer mal a ninguém. Queremos organizar as calçadas, mas sem tirar o sustento de vocês. Vamos avaliar as propostas apresentadas ainda hoje com uma equipe técnica no local”, afirmou.
Propostas sobre a mesa
As três áreas sugeridas serão avaliadas ainda nesta quinta-feira por técnicos da prefeitura. Segundo Abilio, a equipe comanda pela secretária de Ordem Pública Juliana Palhares visitará os locais para verificar questões de segurança, acessibilidade e viabilidade.
Às 17h30, uma nova reunião entre prefeitura e trabalhadores está marcada. O objetivo é bater o martelo sobre os espaços sugeridos. Caso as áreas sejam aprovadas tecnicamente, os ambulantes poderão voltar às ruas. “Se tudo estiver adequado, por que não? Se não houver obstáculos, até amanhã mesmo eles já podem estar nesses novos locais”, declarou o prefeito.
Márcia Aparecida Maia, 59 anos, que há anos vende café e salgados na Praça do Bispo, chegou cedo ao local, tomada pela emoção. Entre as falas do prefeito, observava atentamente, em busca de respostas sobre o que o futuro lhe reserva.
Apesar do momento incerto, nenhum dos ambulantes desobedeceu à ordem da prefeitura nesta quinta-feira, o que, segundo o prefeito, demonstra maturidade e ajuda no processo de negociação. “A gente vem avisando há dois meses. Não é nossa intenção apreender nada, queremos evitar esse tipo de constrangimento. O diálogo está fluindo”, reforçou.
Shopping Orla fora dos planos — por enquanto
A proposta anterior de realocar os ambulantes no “Shopping Orla” foi descartada pelos próprios trabalhadores. O espaço passará por reforma e, segundo o prefeito, no futuro poderá atrair novamente o interesse dos comerciantes informais. “Eles recusaram agora, mas lá na frente vão perceber que era uma boa alternativa. Por ora, vamos seguir ouvindo o que eles querem de imediato", disse.
Defensoria Pública e o impasse jurídico
A Defensoria Pública do Estado entrou com uma ação civil pública para impedir a remoção dos ambulantes, o que também foi tema durante a coletiva. Abilio respondeu com firmeza: “Respeito a Defensoria, mas ela não pode me obrigar a infringir a lei. Se houver uma decisão judicial, eu acato. Até lá, seguimos buscando soluções dentro da legalidade", disse.
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Ildineia - 06/06/2025
Concordo com eles com esses locais, como também trecho da Rua 7 de setembro, trecho da Ricardo Franco, trecho da Pedro Celestino, Praça Caetano de Albuquerque, pelo menos ficaria mais movimentado esses lugares.
Nilson Ribeiro - 05/06/2025
VAI TROCAR SEIS POR MEIA DUZIA. OS COMERCIANTES QUE RECOLHEM SEUS TRIBUTOS, NÃO PODERAM USAR AS CALÇADAS. QUEM NÃO RECOLHE, PODE ESCOLHER "OUTROS" LOCAIS, MENOS NO SHOPPING PORTO.
2 comentários