Após cassação, Carlos Bezerra diz ter sido vítima de 'feitiço'

Presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em Mato Grosso, o deputado federal Carlos Bezerra sugeriu ter sido vítima de uma "feitiçaria" ao comentar sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), que cassou o  seu mandato por irregularidades na campanha de 2018.

Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (7), o parlamentar questionou a forma da apreciação da denúncia pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Justiça Eleitoral, que terminou sendo alvo de processo. O emedebista também não descarta que a decisão tenha sido influenciada por uma possível "perseguição política".

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"Um processo que você não tem nenhuma prova contra. O  Ministério Público começa com uma acusação, cai aquela acusação e ele muda para outra dentro do processo. Não tem nada certo né", ponderou.

A conclusão do julgamento ocorreu na última terça-feira (5) durante sessão ordinária. O relator da ação, juiz eleitoral Gilberto Bussiki acatou os argumentos do Procuradoria Regional Eleitoral e foi seguido pelos demais magistrados.

A Procuradoria Regional Eleitoral do MPF reafirmou em suas alegações finais que Bezerra montou um "gabinete paralelo de campanha vinculado ao partido" para adquirir materiais de publicidade, contrato pessoal, alugar e abastecer os automóveis.

Bezerra, por sua vez, afirmou que ao invés de desgastes, a situação tem gerado um efeito reverso para sua imagem. Segundo ele, várias eleitores manifestaram apoio ao seu mandato, inclusive para o seu projeto de reeleição nas eleições deste ano.

O presidente do MDB poderá seguir no cargo e recorrer da decisão em instâncias superiores. Segundo ele, o suposto feitiço "virou contra o feiticeiro".

"Isso vai ajudar a pré-campanha porque eu estou recebendo a solidariedade do Estado inteiro. É uma coisa volumosa e extraordinária, tá todo mundo indignado, até quem não votava em mim por conta disso. Isso está ajudando demais porque o feitiço virou contra o feiticeiro", finalizou.