'Assunto não está pacificado', diz secretário sobre câmeras em fardas

Secretário de Segurança de Mato Grosso, César Augusto de Camargo Roveri, enfatizou que a proposta de instalação de câmeras em fardas de militares não é um assunto “pacificado”, conforme defende entusiastas do projeto.

Para a imprensa, Roveri afirmou que o assunto polêmico deve ser amplamente debatido, inclusive em nível nacional. “Nós fazemos questão de acompanhar a Assembleia, que faz um trabalho muito importante em relação às câmeras. Mas repito: não é um assunto que está pacificado, carece de estudo e de um alto investimento do Estado”, disse essa semana, ao comentar sobre a Comitiva da Casa de Leis que irá a São Paulo estudar o funcionamento do sistema.

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A instalação dos equipamentos em agentes da segurança foi proposto por meio de um Projeto de Lei apresentado pelo deputado estadual Wilson Santos (PSB). O parlamentar justifica que as câmeras ajudam a "resguardar o policial e comprovar a correta abordagem, preservando a ação e as provas nelas colhidas", prática que já é realidade nos estados na Capital Paulista, Santa Catarina e Rio de Janeiro e tem se mostrado eficaz na redução dos níveis de violência.

Por outro lado, a proposta é rechaçada por alguns parlamentares, como o presidente da Comissão da Segurança, Elizeu Nascimento (PL), que é sargento da reserva da Polícia Militar. O comandante-geral da corporação, coronel Alexandre Corrêa Mendes, também já declarou ser contra “da forma que querem implantar”.

Roveri, por sua vez, disse que esteve em várias agendas com o ministro da Segurança, Flávio Dino, mas sequer conversou sobre o assunto. Ele defende que a instalação de câmeras em fardas tenha um consenso nacional.

“Eu estive 3 vezes esse ano no Ministério da Justiça em reunião com o ministro, com o secretário nacional e com todos os secretários da segurança do país. Em nenhuma dessas reuniões nós abordamos isso. É um assunto que precisa ser tratado para ter um alinhamento a nível nacional e não só dentro do Estado de Mato Grosso”, finalizou.