EPISÓDIO ‘CADELA VICIADA’ 02.09.2025 | 09h53
fred.moraes@gazetadigital.com.br
Reprodução
A Câmara Municipal de Pedra Preta (237 km de Cuiabá) aprovou por 8 votos favoráveis e 2 contrários, a denúncia movida contra o vereador Gilson da Agricultura (União), que na última semana chamou a prefeita do munício, Iraci Ferreira (PSDB), de ‘cadela viciada’, durante sessão ordinária.
Ao todo, o parlamento recebeu cinco denúncias envolvendo o vereador pelos crimes de Quebra de Decoro Parlamentar, Violência Política, Abuso de Prorrogativas e Misoginia, mas como as queixas apresentavam o mesmo fato, mesmo denunciado, e a mesma vítima foram apensadas em uma única denúncia protocolada pela prefeita.
A votação ocorreu na sessão plenária desta segunda-feira (1) e foi acompanhada por munícipes que encabeçaram forte protesto contra Gilson. A leitura das denúncias ocuparam quase 1h da assembleia.
Somente os vereadores Éder da Mecânica (PSB) e Fernando Gelvalino (PODE) votaram contra o recebimento da denúncia. Os outros 8 vereadores votaram favoráveis.
Conforme ordena o Regimento Interno do parlamento, uma Comissão Processante foi instaurada na Casa para averiguar o caso, e no prazo de até 15 dias deve concluir os trabalhos, indicando a cassação ou manutenção do mandato do vereador.
Em sorteio, a comissão ficou distribuída da seguinte maneira: Edérico Machado (União), será o presidente, Francisco José de Lima (PSDB) será o relator, Fernando Gelvalino o secretário.
Gilson teve oportunidade de abrir sua defesa na tribuna. Em um discurso de 10 minutos, o mandatário se defendeu das acusações e pediu desculpas. Ele afirma que seu objetivo não era ofender a prefeita Iraci ou as mulheres, com o termo ‘Cachorra Viciada’, mas sim criticar a classe política em geral.
O vereador atribui sua fala a um momento de ansiedade e garantiu que, se pudesse, voltaria no tempo para mudar o que disse.
“Vim esclarecer, não vim me redimir. Quero deixar claro que nenhum momento quis especificar o termo diretamente a prefeita, tampouco o gênero feminino, e sim a classe política no geral. Se meu erro fosse o último da terra, ficaria feliz. Somos sujeitos a erros. Na hora da ansiedade, falei. Quem me conhece sabe que não sou machista. Se eu tivesse oportunidade de voltar ao tempo, eu voltaria. Hoje sou acusado, amanhã pode ser qualquer um de nós. Minha consciência está tranquila. O que me resta é ter humildade e pedir perdão”, disse Gilson.
“Peço perdão às mulheres, nenhum momento referi ao gênero feminino. Desculpa aos vereadores pela situação e constrangimento. Se um dia eu tiver oportunidade de te pedir perdão, irei até sua casa e pedirei perdão, nunca desrespeitei a senhora”, emendou.
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